segunda-feira, novembro 27, 2006

Programação Festival Internacional de Cinema de Arouca


Cine - Estúdio BVA - 01 – 02 – 03 Dezembro 2006
AROUCAFILMFESTIVAL
4º FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA DE AROUCA


A 4ª edição do aroucafilmfestival – Festival Internacional Cinema de Arouca, realiza-se, no Cine - Estúdio dos Bombeiros Voluntários de Arouca, nos dias 01, 02 e 03 Dezembro de 2006. O júri de selecção do evento seleccionou 36 extraordinárias obras cinematográficas nacionais e internacionais. A atribuição dos prémios será da responsabilidade de um júri composto por sete mestres.

Sexta-feira, 01

ABERTURA 21h30
PEREGRINAÇÃO – Jaime Ribeiro – 25m
AROUCA PORTO: O FILME – João Rita - 18m

Convívio com realizadores, júris e convidados + porto de honra



Sábado, 02

Visita Turística Guiada por Arouca 14h30

COMPETIÇÃO I 21h30

A FLOR DA TELA – Cinema de Poesia – BRASIL – 7m
CAMBIO – Vanderley Timóteo – BRASIL – 4m
ESTADOS DA MATÉRIA – Susana Nobre – PORTUGAL – 14m
Ph 25 A – Ricardo Freitas – Portugal – 2m
VAMOS CANTAR – Carlos Cruz e Vítor Lopes – PORTUGAL – 2m
HISTÓRIAS A PASSO DE CÁGADO – Artur Correia – 2m
THE PLAY – Cinema de Poesia – BRASIL – 3m
WOLF – Juraj Kubinec – ESLOVÁQUIA – 4m
DEU NO JORNAL – Yanko Del Pino - BRASIL – 3m
PARA CHEGAR ATÉ Á LUA – Split Filmes – BRASIL – 10m
DESISTE – Hernâni D. Maria e Pedro Luz – PORTUGAL – 5.24´´m

Intervalo

AS FEBRAS DE JESUS – Pedro Manuel Dias – PORTUGAL – 13m
Á MÃO ARMADA – Vanderley Timóteo –BRASIL – 6m
LE BVISER - O BEIJO – Stefan Le Lay – FRANÇA – 5m
DETAIL – Ana Maria Carneiro – PORTUGAL – 2m
EN EL HOYO – NO BURACO – David Martin de Los Ssntos – ESPANHA – 24m
O CARRO – Cinema de Poesia – BRASIL – 2.31´´m
BOKOVKA – SIDEWAY – Tomas Janco – ESLOVAQUIA – 28m
SEREI O TEU ESPELHO – Pedro Rocha Nogueira – PORTUGAL – 13m




Domingo, 03

COMPETIÇÃO II 14h00

LUGAR COMUM – Verónica da Costa – PORTUGAL – 10m AS FADAS DAS GALINHAS – João Rei Lima – PORTUGAL – 2m
JE SUIS JEAN COCTEAU – Cinema de Poesia – BRASIL – 10m
MAIS UM ENCONTRO DE FAMÍLIA – Filipe Peres Calheiro – BRASIL – 15m
QUERO QUE VOLTS (ANIMADO) – João Rei Lima – PORTUGAL – 3m
BÉBÉ CHORÃO – Carla Santos – PORTUGAL – 3.30´´m
HISTÓRIA DA BORRACHA – Éric Blésin – BÉLGICA – 15m
O MAGO – Cinema de Poesia – BRASIL – 3m
A RELIGIOSA 2 – Clídio Nóbio – PORTUGAL – 2m
MAU DIA - Sanguenail – PORTUGAL – 19m
MACACOS ME MORDAM – Lumiô Filmes – BRASIL – 19m
Intervalo
PRÍSERA – MONSTRO – Michaela Ostadalova – ESLOVAQUIA – 5m
O SEGREDO – Luís António Pereira – BRASIL – 18m
CAIXA POSTAL – Vanderley Timóteo – BRASIL – 9m
ALMAS CONGELADAS – Joana Macias – ESPANHA – 14m
BERÇO DE PEDRA – Nuno Rocha – PORTUGAL – 28m
AMÉLIO O HOMEM DE VERDADE –Luís António Pereira – BRASIL – 14m
37 C – Tamara Sulamanidze - GEORGIA

PROJECÇÂO CINEMA Super 8mm 18h15

EXIBIÇÃO DA CURTA METRAGEM REALIZADA PELOS ALUNOS da Escola Secundária de Arouca 18h30

ENCERRAMENTO ENTREGA DE PRÉMIOS 18h40









Chamo a especial atenção para o Filme "DETAIL" de Ana Maria Carneiro, filme ligeiro, entre a narrativa ficcional e a materialização experimental de atenção especial ao pormenor e ao ritmo de montagem. Curto, breve, mas com uma ponta de perversidade e muito estilo.

Ficam algumas imagens que a realizadora não se deve importar.




Poesia em Marcha...


Tivemos Camões e Pessoa, agora temos Pedro Costa.
Não é para levar à letra, mas vale à pena pensar nisto.

terça-feira, novembro 21, 2006

O Adeus do Texano


E o termo "maverick" ficava-lhe tão bem.

Aos 81 anos, perdeu-se o grande realizador "clássico-moderno", Robert Altman um dos mais influentes realizador para o cinema "moderno" americano.

Perde-se o naturalismo e o ritmo dos planos intermináveis, perde-se o torbilhão psicológico do diálogo, perde-se a improvisação (naturalismo?) e perde-se um realizador que facilmente reunia um elenco de luxo sem grande esforço e perde-se um olhar carregado de sarcasmo e coragem como poucos teem.

Anti-Académico? Porque não.
Um grande realizador e um grande Homem? De Certeza.

Por muitos esquecido, por muitos mais ignorado (Falo da Academia), fica aqui o ADEUS sincero e que as marcas do seu cinema tão cedo não desaparecerão dos nosso ecrans.
Este é o Adeus do MAVERICK e assim deve ser lembrado.

A Praire Home Companion

Gosford Park

Kansas City

Prêt-à-Porter

Short Cuts

The Player

Popeye

Nashville

MASH

domingo, novembro 05, 2006

"A sala de Cinema como Café sem mesas...."

É certo que o mercado fala mais alto, mas há comportamentos e atitudes que não se deviam tomar numa sala de cinema. Ou pelo menos eu até ontem julgava que não se poderiam ter.

Ontem fui ver "Maria Antonieta" de Sophia Coppola, não fui ver um blockbuster ou algo do género "Crank". Um quarto da sala cheia, num desses multiplex que invadem os arredores da cidade do Porto.
Aceito que se vendam pipocas e se comam as mesmas, mas sem fazer barulho ou cuspir o milho. Não foi esse o caso, antes todas as pessoas tivessem os carríssimos pacotes de pipocas nas mãos.
3 cadeiras ao meu lado estava sentado um "senhor", já com idade para controlar os seus instintos, que a cada acorde musical resolvia bater o pé no compasso ou fora dele, o que interessava era bater o pé. À minha frente um par de pessoas que aproveitaram o filme para pôr a conversa em dia e que freneticamente apontavam para o ecran como se pela primeira vez estivessem a ver um filme. Atrás de mim outras personagens deste mundo falava e uma voz pertinente lá ia perguntando "O que é aquilo?". Esfrega os olhos e pode ser que resulte. Pela sala 3 toque de telemóvel, um dos quais foi atendido, pela companhia do senhor "maestro", ele batia o pé e ela falava ao telemóvel.

Sim as salas são optimas, muito confortáveis e equipamento de som do melhor, projecção riscada, mas pronto. São possivelmente as mais confortaveis junto à cidade, embora eu cada vez mais diga que prefiro o ambiente de uma sala da Medeia no Cidade do Porto, ao conforto e pipocas e barulhos dos multiplex.

Onde está a magia da sala de cinema, onde está o respeito pelo trabalho dos outros, onde está o respeito pelo conforto dos outros? Ontem vi uma sala de cinema como um qualquer café, já se come (pipocas, cachorros, etc), já se bebe (cerveja, coca-cola, etc), já se bate o pé ao ouvir as muscicas que acompanham o filme projectado na "grande televisão", já se fala à vontade, já se atende o telemóvel.... já so falta o garçon e um cigarrinho para acalmar.

Ah! E quanto ao filme, que é o mais importante, fiquei satisfeito com Sophia Coppola.