domingo, julho 10, 2005

ROLLCAMERA
apresenta
Paul Thomas Anderson

«O "TOUR DE FORCE” DO NOVO CINEMA AMERICANO»

É actualmente considerados por muito o grande realizador/argumentista da nova vaga americana, com uma câmara em constante movimento e plena de técnica, leva-nos por vezes ao cinema de Renoir ou Scorsese, conseguindo obra após obra refrescar a sua visão e a visão do espectador em relação ao actual do cinema. Os seus filmes são caracterizados por diversas personagens de complexa composição psiclógica, sempre acentando a sua visão muito própria do mundo suburbano da América, acrescentando ainda um clima familiar descomposto, qual Spielberg.

O seu gosto pelo cinema surge apartir do seu pai, desde pequeno teve à sua disposição diversas cassetes e leitores de vídeo, sendo que foi aí a sua primeira iniciação pela montagem, montando filmes de leitor para leitor.

Paul Thomas Anderson nunca teve uma formação académica, tal como Tarantino, “aprendeu” observando, uma característica não ao alcance de todos. P.T.Anderson ainda frequentou uma Escola de Cinema da Universidade de Nova York, embora ao fim de apenas dois dias, após lhe terem proposto uma elaboração de um texto, texto o qual não poderia ser sobre “Terminator 2”, filme que P.T.A adorava, abandonando a escola e considerando que as escolas de cinema são uma burla e que era possível aprender mais vendo e ouvindo um comentário de um DVD. Poupou então o dinheiro das propinas e realizou a curta metragem “_Cigarettes and Coffee_” (1993), seguindo-se depois diversos trabalhos como assistente em "spots” publicitários e vídeo clips, até finalmente, atingir apossibilidade de rodar a sua primeira longa-metragem.

Inicialmete com o título “Sidney”, mais tarde foi dado a conhecer ao publico como “Hard Eight” (1996), com as interpretações de Philip Baker Hall, John C. Reilly, Philip Seymore Hoffman, que mais tarde voltaram a participar na filmografia de Paul Thomas Anderson, no caso de Philip Seymore Hoffman acaba mesmo por participar em todas as quatro longas-metragens do realizador.
Hard Eight” acabaria por ser um sucesso perante a crítica, mas não foi o suficiente para que Paul Thomas Anderson, conseguisse o financiamento para o seu próximo projecto “Boogie Nights” (1997), um filme que aborada as relações no mundo da pornografia, ou não sendo o sexo uma presença constante na sua filmografia, mas nunca de maneira explicita.

Por exemplo, em 1999, Paul Thomas Anderson, explode o mundo cinematográfico com “Magnólia”, uma história que acompanha diversas relações familiares, numa estrutura estilo mosaico, espantando tudo e todos, com um final enigmático quase profético. A personagem de Tom Cruise, é um conselheiro sexual para homens, o verdadeiro “macho”, o profecta sexual, mais uma vez o sexo.
Se dúvida existissem, o seu próximo filme “Punch Drunk Love” (2002)confirmou o seu talente, já bem presente em “Magnólia”, mas confirmado em “Punch Drunk Love”, desta vez e ao contrário dos anteriores filmes, centra-se mais numa só personagem, trazendo para o estrlato, Adam Sandler, muitos foram aqueles que colocaram em causa, a participação de Adam Sandler num filme do realizador de “Magnólia”, mas se esperavam uma comédia, P.T. Anderson, moldou a personagem como um homem vunerável e repleta de raiva, sendo odiado pela família. Em “Punch Drunk Love” temos uma realização plena de técnica e a prova que o realizador será o principal responsável pelo desempenho dos actores, acabando este filme por valer a P.T.Anderson o prémio de melhor realizador do festival de Cannes.


A sua carreira apenas agora está a começar, sendo já um valor adquirido do cinema e um dos mais respeitados realizadores da actualidade, filma apenas aquilo que viveu ou sentiu, a megalomania das suas obras remetem-nos para Coppola.... mas se por acaso pensam que por referir tantos nomes como Spielberg, Scorsese, Coppola, Renoir e até Robert Altman, tornam Paul Thomas Anderson um mero realizador, uma cópia do passado, desenganem-se, é com toda a certeza um dos mais originais realizadores actuais, às suas referências do passado (anos 70, principalmente), alia as suas visões, as suas pulsões, as suas obcessões, formando uma mescla do melhor do cinema americano.

Paul Tomas Anderson, será mesmo o “Tour de Force” do novo cinema americano.

9 Comments:

At 12:31 da manhã, Anonymous Anónimo said...

…muito haveria para escrever sobre p.t.a, para mim o maior talento surgido na década de 90.
As referência são de facto muitas, a mais obvia é de facto o cinema de Scorsese, pela pulsão, pela urgência, pelo turbilhão de sentimentos e de emoções que explode das personagens…que nasce do seu próprio sangue, da sua vivência….mas esse gesto quase totalitário de condensamento do melhor do cinema americano – anos 70, sempre – nunca é simplesmente pastiche, é antes um gesto megalómano de se expor, como que o seu interior necessitasse de todos os gestos que ele sempre admirou para uma possível auto satisfação….


José Oliveira aka JOSEOL

 
At 1:26 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Sem dúvida, um dos melhores cineastas da atualidade. Pena que filme tão pouco. Parabéns pelo blog!

 
At 7:16 da tarde, Blogger MPB said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
At 7:41 da tarde, Blogger MPB said...

Paulo, prefiro filmes em pouca quantidade e em grande qualidade.
Se assim continuar é o cinema que fica a ganhar.

É um realizador jovem e que durante muitos anos vai dar que falar.

Cumprimentos

 
At 8:06 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Grande realizador, P.T. Anderson. Mas não confundir com Paul W.S. Anderson, o realizador dos péssimos Mortal Kombat, Resident Evil (produtor e argumentista do 2º filme) e de Alien Vs. Predador!

Infelizmente, não vi ainda a sua 1ª obra, Sidney (ou Hard eight). Já à muito tempo que procuro o filme, mas sem sucesso. Ia encomendar de Espanha quando acabou por ser destacalogado pela distribuidora.
Quanto a Boggie Nights e Punch-Drunk Love, obras-primas! Só um realizador deste calibre para dar a conhecer uma nova faceta de Adam Sandler.

Obra suprema até agora: Magnolia.
Um dos preferidos. E injustamente esquecido nos Óscares, onde só recebeu duas nomeações. O que vale foi os prémios que recebeu nas outras competições!

Um realizador com grande futuro!

 
At 8:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

…uma vez perguntaram a Quentin Tarantino o porquê de cada vez demorar mais tempo a fazer o seu próximo filme, a resposta foi basicamente que um filme era tudo para ele, e que este teria que conter todas as suas obsessões, no caso de P.T.A adivinha-se até porque os seus discursos contém material de fundo parecido – para não falar na amizade entre os dois – que o motivo seja o mesmo, ou seja depois de concluído um filme é como que se tivesse “investido o sangue todo” e se ficasse seco….e já agora porque é que Kubrick, também demorava tanto tempo a lançar cada novo filme, fazendo os seus seguidores desesperarem? A resposta é certamente parecida...


José Oliveira aka JOSEOL

 
At 8:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

…uma vez perguntaram a Quentin Tarantino o porquê de cada vez demorar mais tempo a fazer o seu próximo filme, a resposta foi basicamente que um filme era tudo para ele, e que este teria que conter todas as suas obsessões, no caso de P.T.A adivinha-se até porque os seus discursos contém material de fundo parecido – para não falar na amizade entre os dois – que o motivo seja o mesmo, ou seja depois de concluído um filme é como que se tivesse “investido o sangue todo” e se ficasse seco….e já agora porque é que Kubrick, também demorava tanto tempo a lançar cada novo filme, fazendo os seus seguidores desesperarem? A resposta é certamente parecida...


José Oliveira aka JOSEOL

 
At 2:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Filma pouco mas filma extraordinariamente bem! Para mim, este PTA é o melhor realizador Americano desta nova geração de "putos maravilha".

 
At 10:58 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Adorei Magnólia mas não gostei muito do Punch Drunk Love...

Cumps. cinéfilos

 

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