"Chicken Little" de Mark Dindal (V.P.)
Este é o "trunfo" dos solitários estúdios Disney, na primeira produção totalmente digital sem a colaboração da Pixar, colaboração que tão bem resultara em obras como "Toy Story", "Monstros e Companhia" e mais recentemente "Finding Nemo" e "Os Incriveis".
Na verdade a ausência da Pixar é de fácil percepção, pois temos Disney a mais, ou seja, lições de moral em grandes quantidades que interrompem o desenrolar normal da narrativa, música a puxar a lágrima, o que provoca uma noção dramática muito dispersa.
Mas apesar de tudo é uma obra eficaz, apostando em personagens simpáticas e em claras referências ao género do fantástico e de aventuras de Hollywood.
Chicken Little é um simpatico pinto, que vê a sua reputação e confiança, completamente destruídas no dia em que gera o pânico na sua localidade quando anunciava a queda do céu. O seu próprio pai deixa de acreditar em sí e Chicken Little tenta a todo o custo recuperar a sua reputação... e até consegue, mas realmente o céu cai.
O que realmente interessa na nova obra da Disney, e como em quase totalidade das obras dos estúdios, é mesmo a relação pai/filho, ou para ser mais preciso a relação familiar, que em boa verdade é bem construida, mas que é excessivamente fragmentada e intermitente, surgindo e desaparecendo provocando uma quebra excessiva no ritmo da narrativa.
Mas "Chicken Little" acaba por ser um bom sinal da resistência da Disney no mundo cada vez mais competitivo da animação digital, embora não seja um título para lutar pelo reconhecimento da Academia.
NeTo - 6/10
P.S.- "Indiana Jones", "A Guerra dos Mundos" ou "Sinais" são alguns dos títulos que directa ou indirectamente surgirão na cabeça da audiência.
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