domingo, agosto 21, 2005

"A Ilha" de Michael Bay

por: JOSEOL

Numa sinopse redutora a história gira á volta da problemática da clonagem humana num futuro mais ao menos próximo onde as copias perfeitas das pessoas vivem num “mundo” e com um passado falseado tendo como objectivo ultimo melhorar a vida dos seres originais.A dada altura o clone interpretado por Ewan Mcgregor começa a questionar tudo e descobrindo a farsa foge com outra clone – Scarlett Johansson – que estava á beira da destruição e ambos partem á descoberta da verdade….

Confirmando a maior parte das críticas a este filme existem de facto duas partes diferentes dentro do mesmo, no entanto não me parece ser literalmente a primeira e a segunda.
Então temos um Michael bay quase virginal a filmar as cenas – ok, quase toda a primeira parte – de introdução aos clones, aos espaços enormes onde tudo “acontece”, enfim á crescente revolta do clone interpretado por Ewan Mcgregor, e estes momentos pausados, serenos, surpreendentemente envolventes para quem conhece a obra de Bay vão ainda acontecer intercaladamente ao longo do filme – por ex. nas cena da casa do clone de Mcgregor, onde o amor entre o clone masculino e feminino começa definitivamente a carburar – e o Michael Bay habitual, o de “Bad Boys” o de “Pearl Harbor”, a sua sensibilidade abrutalhada tipo elefante numa loja de porcelana a tentar bater recordes de ângulos de câmara e de níveis de som…é quase outro filme dentro do filme, as cenas em que os clones em fuga fogem desesperadamente dos seus perseguidores…de quando em vez a mensagem que o realizador norte americano está a tentar passar de maneira subtil e articulada é interrompida incompreensivelmente pelos sinais conscientes e mecânicos das suas obras anteriores, das explosões e dos barulhos…

E há ideias interessantes, a principal é sem duvida o enaltecimento da curiosidade como motor de desenvolvimento do homem, e a filiação a universos e ambientes – o filme vive muito em “Minority Report” de Steven Spielberg no “look” e em “THX 1131” de George Lucas no enclausuramento dos clones em favor de um argumento claramente interessante mesmo com os apêndices dispensáveis de pedagogia e de moralismo….
Os actores, principalmente a candura e inocência do rosto da absolutamente bela Scarlett Johansson são muito bons.

Dito isto…é de longe o melhor filme de Michael Bay, parece que a ligação á DreamWorks e claro a Spielberg lhe fez bem, apesar do fracasso no “box-office”…falta ainda contenção e subtileza e a renuncia aquele por vezes execrável “Show Off”.

JOSEOL - 5.5/10

4 Comments:

At 5:19 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Um filme com a minha "musa" Scarlett é de ver :P!

Cumps. cinéfilos

 
At 5:57 da tarde, Blogger brain-mixer said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
At 6:00 da tarde, Blogger brain-mixer said...

E a colaboração com Spielberg parece que é para durar: O Transformers :S é capaz de ser feito por estes dois...

Bom post, há uns tempos que cá n passava! Já te adicionei aos meus links ;)

brain-mixer.blogspot.com

 
At 11:03 da tarde, Anonymous Anónimo said...

....ya, Transformers - o filme ao que tudo indica terá também o selo Spielberg/Dreamworks....esperemos que isto tudo vá em crescendo....e sim a Scarlett é realmente fenomenal...já não existem palavras!!!

Abraço..

JOSEOL

 

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