26º Fantasporto
“Coisa Ruim” de Tiago Guedes e Frederico Serra
 Filme de Abertura da Secção Oficial do Fantasporto, “Coisa Ruim” conta com uma forte e interessante campanha de publicidade, para além do argumento escrito por um jornalista conhecido um pouco por todos, Rodrigo Guedes de Carvalho.
Filme de Abertura da Secção Oficial do Fantasporto, “Coisa Ruim” conta com uma forte e interessante campanha de publicidade, para além do argumento escrito por um jornalista conhecido um pouco por todos, Rodrigo Guedes de Carvalho.Mas apesar do nome e da figura por detrás do argumento, a verdade é que será o problema maior, é verdade que estamos perante uma obra nada típica no cinema português, não será todos os dias que temos perante nós uma argumento que explore o mundo sobrenatural com pequenos toques de terror junto com drama familiar e uma clara avaliação e diferenciação de valores sociais, mas as personagens e o excessivo recurso a falsas pistas acabam por tornar “Coisa Ruim” uma obra desiquilibrada.
Ao olhar para cada uma das personagens temos a leve sensação que não passam de corpos falantes, personagens que apenas existem da boca para fora, só corpo e pouco espírito e sendo este um filme em que o sobrenatural em que os medos e os confrontos deveriam ter maior preponderância, por momentos os excessivos detalhes falados para além de quebrar o ritmo sinistro, tornam acções em algo inverossímil. Se é verdade que o filme vive do ritmo e do suspense, claramente existia a necessidade de levar o público a acreditar em algo que não seria verdade, mas tais pistas não podem ser deixadas ao acaso e acabarem perdidas no passado e muito fica a pairar durante toda a narrativa.
 O grande mérito irá na exploração do ritmo, não será um filme de montagem vertiginosa e por ventura existiram muitas vozes que dirão algo que me irrita profundamente, “a realização é o normal do cinema português... muito parada”, mas a verdade é que o ritmo existe e a espaços é explorado de forma sublime com recurso a imagen de forte impacto, típicas de quem domina a linguagem e imagem publicitária. Embora com todos os meios que tinham à disposição muito melhor seria possível alcançar.
O grande mérito irá na exploração do ritmo, não será um filme de montagem vertiginosa e por ventura existiram muitas vozes que dirão algo que me irrita profundamente, “a realização é o normal do cinema português... muito parada”, mas a verdade é que o ritmo existe e a espaços é explorado de forma sublime com recurso a imagen de forte impacto, típicas de quem domina a linguagem e imagem publicitária. Embora com todos os meios que tinham à disposição muito melhor seria possível alcançar.
O mais interessante será mesmo o confronto entre a ciência e o “metafísico”, ou seja o confronto entre cidade e mundo rural. Não será de todo estranho afirmar que a chegada de alguém que viva numa cidade a uma pequena aldeia seja vista de forma ameaçadora da vida pacata e tranquila, por quem habita a aldeia, e assim começa “Coisa Ruim”, uma família da cidade “invade” a calma vida de uma aldeia do interior provocando uma série de acontecimentos estranhos que terá como origem a casa que habitam, apartir daqui é a descoberta dos segredos e claro o florescer dos medos.
“Coisa Ruim” não é uma obra imaculada, mas é sem qualquer tipo de dúvida uma abordagem interessante, a espaços competente de um género nada habitual no panorama do cinema português, assim e sem grandes euforias poderemos dizer que o cinema português já passou momentos bem piores, embora muita coisa ainda esteja por fazer por exemplo a nível da escrita e da interpretação, e “coisa Ruim” sofre desse problema e tal como o a narrativa vive do confronto e desiquilíbrio de duas partes distintas, a escrita e as personagens (muito ligadas entre elas) e do outro lado as questões técnicas.
5/10
 



 






4 Comments:
Ganhou!!!!Afinal as minhas previsões forem além das minhas espectativas!!!Nunca pensei que o Colisão sobrevivesse aos outros filmes candidatos, apesar do meu preferido ser este!!!Para quem não percebe muito de cinema como eu (na opinião de alguns), ainda tenho bons instintos nos gostos e nas escolhas!!!
Estou muito feliz com esta vitória!!!Beberei à sua saúde!!
obrigada pelo comentario!!Eu nao condeno brokeblack moutain pelas tendencias gays, aliás eu ainda nem o vi!!Nunca condenaria um filme pelo assunto tratado, só mesmo pela má qualidade!!
Fim das represálias???
Bem, eu vou comentar o filme: Coisa ruim... Cada macaco no seu galho.
Eu nem desgostei do filme, apesar de achar que podiam ter tido mais "tomates", à falta de melhor expressão. Sim, eu sei que eles disseram que não era para provocar sustos, mas sim abrir os olhos ao medo. Mas se tivesse um clímax poderoso e uma conclusão mais explícita, poderia resultar melhor.
Mas resumindo, o cinema português deu definitivamente um passo em frente. Estão no bom caminho!
Fui ver ontem à noite este filme!!Gostei!!No ínicio pensei que tinha perdido o meu tempo, mas depois cheguei à conclusão que tinha valido a pena!!O problema dos filmes portugueses é sempre o mesmo,a acção é lenta demais, ao contrário dos americanos que são mais do género nonstop,exagerando também, mas num sentido inverso!!Adorei os cenários,os actores também estavam bem, o argumento era muito bom!!Dei 4 estrelas, mais um bocadinho que aqui!!!Mereceram pelo esforço!!
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