"Cinema para Sempre"
por: NeTo
Sem duvida alguma que o cinema é possivelmente uma das artes mais complexas, para essa complexidade muitos nomes surgiram, dotando o cinema de técnicas e metodos capazes de elaborar ainda mais tal exercício.
Como em qualquer forma de arte, as tecnicas vão evoluindo de geração em geração, os conceitos e complexidades narrativas também, podendo assim dizer-se que o cinema como a pintura ou a música, sustenta-se nos pilares do passado.
Qualquer jovem realizador tem as suas referências, tem um realizador como termo de comparação, aquele no qual mais se revê, mas uma diferencia será no facto de se rever e querer inovar e superar, não superar a sua referência, mas antes superar os seus próprios limites e os limites da audiencia do seu tempo, e evitar imitar, mas nunca sem esconder.
Nos ultimos dias corre pela intenet, uma notícia, que por um lado me deixa bastante feliz, mas por outro lado me deixa particularmente triste.
Como em qualquer forma de arte, as tecnicas vão evoluindo de geração em geração, os conceitos e complexidades narrativas também, podendo assim dizer-se que o cinema como a pintura ou a música, sustenta-se nos pilares do passado.
Qualquer jovem realizador tem as suas referências, tem um realizador como termo de comparação, aquele no qual mais se revê, mas uma diferencia será no facto de se rever e querer inovar e superar, não superar a sua referência, mas antes superar os seus próprios limites e os limites da audiencia do seu tempo, e evitar imitar, mas nunca sem esconder.
Nos ultimos dias corre pela intenet, uma notícia, que por um lado me deixa bastante feliz, mas por outro lado me deixa particularmente triste.
Robert Altman, o grande realizador de filmes como, “M.A.S.H.”, “Gosford Park”, “Nashville” ou “Short Cuts”, está no momento com um projecto em mãos, “Prairie Home Companion”, mas que infelizmente não poderá terminar sozinho.
Altman, encontra-se num estado de saúde imensamente debilitado e juntamente com os estúdios, pensou chamar para terminar a rodagem do seu filme, Paul Thomas Anderson ("Magnólia", "Punch Drunk Love"), um confesso admirador da obra de Robert Altman. Embora Paul Thomas Anderson, esteja a preparar o seu próximo projecto, não recusou o convite e partilhará os créditos juntamente com uma das suas maiores influências, Robert Altman.
Se por um lado, a tristeza invade-me devido ao estado de saude, desse grande senhor do cinema que é ROBERT ALTMAN, por outro lado é com muito agrado que vejo que gerações tão distintas do cinema continuam em ligação. Não existe o preconceito em relação aos jovens, nem existe o preconceito em relação aos antigos... pelo menos no que toca no caso de Paul Thomas Anderson.
Anderson nunca foi pretencioso ao ponto de esconder o que o influenciava e aqueles que o admiravam, assim como aqueles que Anderson admirava, nunca esconderam o imenso agrado que tinham em relação a Paul Thomas Anderson.
Assim, penso que são momentos como estes que fazem o cinema... o cinema é o passado e é o presente, e com momentos assim, o cinema será o futuro.
Enquanto o presente cinema continuar a invocar o cinema do passado, podemos concerteza afirmar que temos...CINEMA PARA SEMPRE.
3 Comments:
De facto, são dois grandes realizadores, de gerações muito distintas, mas que se respeitam mutuamente. Não só o grande PT refere regularmente Altman como uma das suas maiores inspirações como o próprio Altman já referiu por várias vezes a admiração que tem por Anderson. Uma colaboração seria, portanto, inevitável, ainda que pelas piores razões, uma vez que a idade não perdoa e o veterano realizador parece estar numa fase muito delicada. Por acaso tinha lido ontem esta notícia, mas só agora por exemplo vi a fotografia que aqui deixaste e realmente é muito triste ver o grande Altman naquela posição. Mas se dúvidas houvessem, desta forma vê-se o quanto Altman vive cinema, e parece disposto a continuar a filmar até mais não poder.
Pessoalmente, gosto mais de Paul Thomas Anderson. Contudo, não posso deixar de demonstrar o respeito que tenho por Robert Altman, cineasta capaz do melhor (SHORT CUTS, GOSFORD PARK) e do pior (THE COMPANY), embora tenha sido (infelizmente) mal interpretado, como foi o caso de PRÊT-À-PORTER. Anderson tem a seu favor uma filmografia breve (mas muito certeira).
Cumprimentos cinéfilos,
http://sozekeyser.blogspot.com/
Não sabia disso... Realmente é muito triste, o Altman é um mestre... De facto é admirável o seu amor ao cinema... Concordo quando dizes que a magnificência do cinema se vê nestes gestos tb...
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