terça-feira, julho 26, 2005

QUESTIONÁRIO

Este desafio foi criado por Miguel Baptista. Chegou até mim por uma proposta do Paulo Costa e do Franciscos Mendes, ao qual eu terei todo o gosto de responder já de seguida.

1. O que é para ti o cinema?
Antes de mais será mesmo uma forma de vida, é para isso que trabalho e é isso que ambiciono fazer. O cinema é também um local de refúgio ou mesmo um posto de vigia, onde podemos compreender e camuflar sentimentos, é onde percebesmos como o mundo é visto por diversas pessoas de diversas culturas. É possivelmente um dos mais fortes meios de comunicação quando bem utilizado. É a alegria, é a tristeza, é o sonho é a realidade, o cinema é mesmo um mundo à parte.

1.1 Como o encaras: Arte ou Entertenimento?
O entretenimento directa ou indirectamente foi sempre um dos objectivos da arte. Em muitas alturas da História, a pintura e a musica serviram para ocultar dificuldades sociais, escondendo-as do povo, sendo utilizadas como entertenimento, por exemplo o caso do barroco, mas apesar de se dirigir para o povo, não quer dizer que não seja arte, grandes nomes da pintura surgiram nessa altura e influenciaram gerações seguintes de pintores.
O mesmo acontece no cinema, existe arte e existe entertenimento, sempre juntos mas por vezes podemos dizer que em quantidades diferentes.
Eu prefiro o filme de autor, ou então filmes não tão virados para a vertente comercial, mas também não despreso um filme por ser um chamado “blockbuster”.

2. O que tem de ter um cineasta para que possas admirar a sua obra?
Não gosto de realizadores acomodados e tarefeiros. Não gosto de realizadores que fazem filmes para prémios.
Para mim um realizador tem que ter uma visão própria, tem que expressar as suas motivações e ter sempre presente uma vontade de superação.
Tem que saber dirigir os seus actores, saber colocar a câmara da melhor maneira possivel e por consequência saber contar uma história, seja ela boa ou má.

3. O que tem de ter um actor/actriz para apreciares a sua interpretação?
Aquele que agarra o projecto de forma decidida, admiro actores que sacrificam a sua vida pessoal, para construirem uma personagem. Gosto de actores que observem e utilizem pessoas reais para criar as personagens (Depp é um deles).
Um actor tem que saber transmitir o maior numero de sensações possíveis dentro de um “quadradinho” sem grandes pantomimas, e nem que seja só por um simples olhar (Day Lewis / Adrien Brody). Embora por vezes até goste de um bom over-accting, gosto do delírio que um actor é capaz para criar a sua personagem (Gary Oldman / Edward Norton). E acima de tudo um actor tem que ser versátil (Kevin Spacey).

4. O que preferes: Créditos iniciais ou Créditos finais? Porquê?
Gosto particularmente dos créditos iniciais, recordo alguns que são fabulosos, por exemplo “Catch me if you can” ou “Se7en” ou mesmo “Insomnia”. São desde logo os primeiros minutos por vezes abstractos em que estams em contacto com a película, temos a nossa mente totalmente colada ao ecran e são os primeiros elementos da história que normalmente são largados apartir daí. É o primeiro indicador do tipo de filme que vamos assistir.
Já para não falar nos fantásticos créditos iniciais dos Monty Python.

5. Achas que as barreiras que separam o cinema das outras artes podem, em circustância alguma, ser quebradas?
Não sei até que ponto quebrar será o termo correcto. Mas que é possivel unir o cinema e as diversas formas de arte, isso acho que sim, respeitando consequentemente todos os signos e linguagem de cada forma de arte. Mas musica, fotografia, arquitectura, dança, literatura, teatro e cinema (audiovisual) cada vez mais se relacionam... agora até quebrar!!!...

6. Passo o desafio a...
Plaka
Nuno Cargaleiro
David Santos
Coutinho77
Knoxville