segunda-feira, outubro 09, 2006

«TERRÍVEL PALAVRA É UM NON...» Padre António Vieria


"Terrível palavra é um NON, não tem direito nem avesso, por qualquer lado que a tomeis, sempre soa e diz o mesmo, lido do princípio para o fim ou do fim para o princípio, sempre é NON."

Filosofia dizem os mais críticos e os perguiçosos. Visão crítica e pessoal sobre uma história enraizada no Mundo, digo eu.
Comentário político dizem uns. Pureza de sentidos, digo eu.

Assim é “Non, ou a vã glória de mandar” de Manoel de Oliveira , pensamento sobre a nossa história “derrotista” à qual o 25 de Abril deveria por termo. Assim não aconteceu, mas a Utopia de Oliveira fica, marca e é actual. E afinal de contas, Utopia? Não é isso o 5º Império.
Para os mais cepticos, para aqueles que dizem que Manoel de Oliveira é “parado” e que apenas viram 5 minutos de um filme qualquer, fica a noção, Manoel de Oliveira é um nome que se estende para além da História do Cinema, estende-se por entre campos verdejantes e pelo sangue derramado na nossa história.
Haverá gesto mais patriótico que ser “odiado” no seu país e continuar a defendê-lo fora das suas fronteiras? Vã glória esta, não?

1 Comments:

At 11:07 da manhã, Blogger Hugo said...

...mais uma achega: haverá algo mais belo do que os longos planos de Vale Abrãao? Não há beleza em estado puro em obras como le soulierl de satin, ou em Francisca...e o operático os Canibais. Oliveira é Cinema.

Mas já se sabe como é em Portugal: é fácil criticar. O que é certo é que o Oliveira, o nosso Manoel, é a grande bandeira do Cinema Português, o seu maior defensor.

Leio o texto e lembro-me de um verso: "Vãs glórias, ocas palmas," do Manuel da Fonseca.
É pena.

 

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