“Portugal, Um Paraíso cinematográfico (Perdido)”
Durante o período de férias, ao folhear uma revista li um artigo que se referia à grandiosidade de recursos naturais que o nosso país oferece para a realização de uma obra cinematográfica.
Após a leitura do artigo reparei que tudo o que tinha sido referido, tinha muito de verdade, apenas falta a Portugal uma política que aposte em “mostrar” Portugal ao mundo, mas só isso não chega, temos de oferecer outros meios... estúdios com tudo do bom e do melhor. Estúdios esses que em Portugal não existe, ou os melhores que existem não são tão bons como os de “nuetros hermanos”.
Pois é. É que durante as minhas viagens pelo país vi locais belíssimos que com a visibilidade necessária agradariam os grandes directores, quem sabe se Tim Burton ao passear pelos castanheiros transmontanos não iria para ali filmar o seu “Sleepy Hollow”, ou até M.Night Shayamalan não podia ter escolhidos as nossas aldeias únicas e as nossas florestas para filmar o seu novo “The Village”? Não seriam os primeiros a filmar no nosso país, já alguns o fizeram entre eles Wim Wenders, mas podiam ser mais.
Mas em Portugal não há uma capacidade de demonstra o que cá existe, nem as nossas grandes histórias conseguimos transpor para o grande ecrã (“O crime do Padre Amaro” e mais recentemente a novela da Globo “Os Maias”), assim como aquela que foi tomada como a grande produção do cinema português “A Selva” de Leonel Vieira, está a “transbordar” de nomes espanhóis, não que o trabalho esteja mal feito, mas há necessidade de sempre que queremos fazer algo de grandioso temos de recorrer a Espanha?
Enquanto não tivermos a capacidade de aproveitar o que de bom existe no nosso país e enquanto não acreditarmos que podemos ser tão bons ou melhores que os outros, não vamos a lado nenhum.