Boas entradas e que o novo ano seja bem melhor que o ano anterior.
O MUNDO DO CINEMA (após detectar um problema ao nível dos comentários, penso que agora está devidamente resolvido e qualquer um pode agora comentar... Thanks)
Jonathan Glazer (Birth)
Jim Jarmush (Broken Flowers)
Marco Martins (Alice)
Jacques Audiard (De tanto bater o meu coração parou)
MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
Crash (Paul Haggis & Bobby Moresco)
I Heart Huchabees (David O. Russel & Jeff Baena)
Alice (Marco Martins) The Life Aquatic with
Steve Zissou (Wes Anderson & Noah Baumbach)
ElizabethTown (Cameron Crowe)
MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
Million Dollar Baby (Paul Haggis)
Millions (Frank Cottrell Boyce)
O Fiel Jardineiro (Jefrey Caine)
Closer (Patrick Marber)
Charlie e a Fábrica de Chocolate (John August)
MELHOR ACTOR PRINCIPAL
Romain Duris (De tanto bater o meu coração parou)
Nuno Lopes (Alice)
Johnny Depp (Charlie e a Fábrica de Chocolate)
Bill Murray (Broken Flowers & The Life Aquatic with Steve Zissou)
Javier Bardem (Mar Adentro)
MELHOR ACTRIZ
Hillary Swank (Million Dollar Baby)
Nicole Kidman (Birth)
Audrey Tautou (Um Longo Domingo de Noivado)
Beatriz Batarda (Alice)
Emmy Rossum (O Fantasma da Opera)
MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO
Morgan Freeman (Million Dollar Baby)
Clive Owen (Closer)
Matt Dillon (Crash)
Michael Pena (Crash)
Mark Wallberg (I Heart Huchabees)
MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
Cate Blanchet (O Aviador)
Kirsten Dunst (Elizabethtown)
Toni Collete (In Her Shoes)
Rachel Weisz (O Fiel Jardineiro)
CINEMATOGRAFIA
Birth (Harris Savides)
Million Dollar Baby (Tom Stern)
Alice (Carlos Lopes)
Odete (Rui Poças)
Last Days (Harris Savides)
MONTAGEM
O Aviador (Thelma Schoonmaker)
Million Dollar Baby (Joel Cox)
Birth (Sam Sneade & Claus Wehlish)
Broken Flowers (Jay Rabinowitz)
Garden State (Myron Kerstein)
BANDA SONORA
Alice (Bernardo Sassetti)
Million Dollar Baby (Clint Eastwood & Kylew Eastwood)
Charlie e a Fábrica de Chocolate (Danny Elfman)
Garden State (Vários)
Elizabethtown (Vários)
DIRECÇÃO ARTÍSTICA
Charlie e a Fábrica de Chocolate
Um Longo Domingo de Noivado
O Aviador
EFEITOS VISUAIS
Guerra dos Mundos
StarWars III - A Vingança dos Sith
SOM
Last Days
Sin City
War of the Worlds
"King Kong" de Peter Jackson
É bem verdade que Peter Jackson gosta de “show off”, é um belo publicitário, como é um realizador interessante, mas desta vez existe uma incoerência no tratamento dos muitos efeitos especiais, é verdade que temos um King Kong hiper-realista (graças ao trabalho corporal de Andy Serkys) as expressões, o olhar, os gestos e o movimento dos pêlos... mas ao contrário temos por vários momentos criaturas (Dinossauros, Larvas (?) e afins) e espaços animadas com um estilo pictórico excessivamente estilizado, foi opção? A meu ver não gosto.
A nível narrativo, temos uma apresentação cuidada, mas que o desenvolvimento destroi rapidamente, «desaparece» por completo a personagem de Adrien Brody, a personagem de Jamie Bell é recuperada a espaços e esquecida noutros, embora outros detalhes existam de grande qualidade. A personagem de Jack Black é um dos grandes trunfos, desde logo a mais complexa, a que mais mudanças suporta e a mais presente ao longo do filme, assim como a relação afectiva entre King Kong e a bela Naomi Watts. Num dos mais curiosos e interessantes momentos Kong vê pela segunda vez o pôr-do-sol, com a sua «prisioneira», bate no peito... é a repetição do gesto que a bela mulher lhe fizera com o intuíto de comunicar a beleza da paisagem que viam, simples e suficientemente forte para marcar a relação entre os dois. Assim como o encontro na cidade, no meio de tanta confusão o silêncio e a calma tomam conta do espaço e os dois seres tão diferentes trocam olhares, magnífica elaboração cénica e ambiental.
Mas se é verdade que Jackson criou uma relação entre a “bela e o monstro” é verdade que se esse fosse o seu objectivo o poderia ter explorado ainda mais, perdia uns momentos frenéticos de acção, mas poderia ganhar uma das mais belas histórias do ano. Não construiu um drama, construiu um filme de aventura e nesse ponto até cumpre, embora tecnicamente muito fique aquém das espectativas.
Mas o que realmente penso que vale a pena salientar é o facto que Peter Jackson tem talento para ser um grande realizador, basta apenas recordar a sequência inicial ou a dança frente ao monstro, mas o talento é por vezes ultrapassado por uma fome pelo espectáculo e o que tão bem constroi acaba encoberto por momentos de menor qualidade.
Apesar de tudo, “King Kong” é mais uma prova de coragem por Peter Jackson, e é bom que se diga se não fosse ele, não haveria remake do gorila gigante, nem trilogia de “LOTR” e nem metade das adaptações literárias de fantasia que se adivinham, mas “LOTR” ainda é a obra de referência na carreira de Jackson e por este andar continuará.
NeTo – 5/10
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"King Kong" de Peter Jackson
Muita gente pode cair na tentação de achar que King Kong vale pelos seus efeitos especiais. Digo já de antemão, que de efeitos especiais está “O Senhor dos Anéis” muito melhor servido. Mas se há uma coisa que não se poderia descurar, como Gollum no Senhor dos anéis, era a fisionomia do gorila gigante. E neste Peter Jackson concluiu uma homenagem perfeita ao seu filme de eleição. Kong ama , odeia, inveja e entristece-se , Kong na verdade e graças a Peter Jackson sente. Há momentos absolutamente românticos, de tão raros hoje em dia onde tudo anda sempre tão gasto, Jackson consegue transformar o que inicialmente poderia ser ridículo em momentos de imensa ternura e romance: falo do por do sol, e da dança no gelo. Momentos que não necessitam de explicações onde o silêncio das personagens transborda um entendimento completo entre a bela e a besta.
Outra coisa que me faz adorar o King Kong e o Peter Jackson em si. É a utilização correcta dos efeitos que o cinema lhe dispõe. Numa altura em que o slow motion é utilizado para mostrar com mais nitidez as jóias de algum rapper decidido a ser estrela de cinema, Peter Jackson faz uma utilização correctíssima delas, lembro me agora da altura em que Ann apercebe se que não estão lá para salva-la mas sim para capturar Kong. É uma câmara lenta tão expressivo, tão completo e tão bem posicionado que é difícil não amar aquele plano e toda a sua subtileza num filme desta imensidão. Felizmente este não é caso único. Este filme sobrevive, e foi algo que muito me surpreendeu, sobretudo de grandes planos. Coisa que não surpreende assim tanto se tivermos em conta os actores que foram contratados. Naomi Watts igual a ela própria é divina, Adrien Brody de uma doçura inegável e Jack Black que tem quanto a mim a prestação mais surpreendente e poderosa do filme, arrebata todas as atenções. Mas de todas elas , e todas elas são magnificas há também a registrar os grandes planos do gorila gigante que transmitem tanta ou mais emoção que muitos actores que por ai andam.
É disto que gosto no King Kong , é a capacidade que existe no meio de uma produção gigantesca investir alma a uma historia, tantas vezes contada ( a besta que ama a bela , é no fundo a base da maior parte das historias de amor) e aqui tão magicamente única.
Tantas coisas não serão ditas sobre o King Kong, confesso que preciso de o rever, mas também para quê estragar a magia da sala de cinema …
a_ Pupila - 9/10
"Odete" de Joao Pedro Rodrigues
São os toques «sobrenaturais» que João Pedro Rodrigues dá a um mundo real (pelo menos para alguns) que tornam “Odete” uma obra tão deslumbrante, seja o vento que inrompe pela janela, ou a imensa chuva que se abate sobre o casal no momento da «despedida», ou ainda pelo brutal e cruel plano final onde temos a aceitação, ou a mera presença eterna do «amor».
Podemos concerteza afirmar que é uma obra romântica, o sentimento rege todo o filme, seja a perda ou a necessidade de ocupar um espaço vazio na própria vida ou na vida do próximo.
“Odete” é filmada de forma crua, inicialmente como um confronto, o fabuloso campo contra campo do velório, é um exemplo claro de invasão de espaços que mais tarde é nada mais que uma aproximação vital para a vida de ambos.
Muito mais poderia ser dito em relação a “Odete”, mas um segundo visionamento permitirá extrair ainda mais a elegância da câmara de João Pedro Rodrigues, assim como todos os pequenos detalhes que constroem toda a narrativa, a quente “Odete” é uma obra que nos mantem frios e fechados, mas passadas algumas horas é como se o “fantasma” nos falasse ao ouvido e nos abrisse uma nova visão sobre um amor eterno.
NeTo- 9/10
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Poderemos dizer que a beleza compulsiva e as fulgurantes pulsões que percorrem toda esta segunda obra de João Pedro Rodrigues derivam do outro mundo, isto porque depois do belíssimo preludio – poucas vezes um “close up” e uma jura de amor eterno foram tão belos e terminais – todos os corpos e todos os rostos surgem assombrados pela incapacidade de fazer um luto e de ultrapassar um fim, num desespero olímpico que conduz esses corpos e esses rostos magoados a forçarem todos os limites verosímeis e credíveis em busca de um desejo e de uma obsessão, possuídas por forças inclassificáveis que não controlam e que conduzem inevitavelmente á destruição de todas as barreiras físicas e sexuais, é o enaltecimento absoluto do amor.
Tão forte e tão sublime, tão desesperadamente romântico, passa por aqui o fetichismo lúgubre de hitchcock, Vertigo claro, do melodrama de Sirk e o melhor cinema romântico do período clássico americano, bem como o distanciamento revelador de Bresson…amalgama híbrida e originalíssima de um cinéfilo compulsivo em direcção a uma catarse própria.
E depois de “O Fantasma” eis que se podem sentir vibrantemente todas as marcas autorias do realizador: a perfeição e genialidade dos movimentos de câmara e dos enquadramentos, a beleza inaudita da fotografia de Rui Poças, um som envolvente e muito bem criado e aqui uma banda sonora luxuriante e apropriadíssima…e depois o prolongamento e não a repetição dos temas do filme anterior, aliás este filme com todas as variações do antecessor podia-se chamar também “O Fantasma”.
José Miguel Oliveira - 10/10
"Broken Flowers" de Jim Jarmush
A cada visita Don, é confrontado com o passado e com o presente, e nada parece reconhecer. Está num mundo diferente, o tempo passou e tudo mudou.
A cada minuto Don procura o seu filho, aquele que ele próprio não queria aceitar, mas que agora tem a necessidade de ter e conhecer, afinal o tempo também alterou Don.
O final, um dos mais belos finais é ambíguo e uma clara referência as ligações passadas e futuras de Don, qual o caminho a seguir? Está no meio do cruzamento que caminhos existem?
Jim Jarmush retoma o cinema clássico e mudo, marcando claramente cada sequência (uma espécie de sketch). A precisão de cada enquadramento, a contenção de recursos tecnicos e acima de tudo o ritmo e a exploração de cada personagem, feita pelo detalhe e não por uma boca falante. Para o sucesso da personagem contou sem qualquer tipo de dúvida um desempenho contido de Bill Murray, pode não ser novidade, mas haverá mais alguém capaz de fazer o que Murray faz? É o olhar triste, é a contenção, é o nervo e acima de tudo a pose.
"Broken Flowers" foi vencedor do Prémio do Juri do Festival de Cannes, justo não sei, apenas sei que Jim Jarmush nos concedeu o prazer de assistir a um dos mais belos filmes do ano.
NeTo - 9/10
http://manualdosinquisidores.blogspot.com/2005/12/free-cinema.html
"O Fatalista" de João Botelho
É um claro jogo de aparência sociais, e de consequente crítica. Adaptado de "Jacques le Fataliste" de Denis Diderot, o argumento mantem-se bastante actual, embora apartir do meio do filme, a narrativa seja em parte interrompida e a relação do espectador com a personagem Tiago (Rogério Samora) é quebrada com a inclusão de uma negra e cruel história que embora interessante (nem que seja pela grande Rita Blanco) aparece completamente deslocada em termos de ritmo da restante narrativa.
Assim, "O Fatalista" acaba por ser um belo e estimulante exercício de cinema, capaz de cativar a audiência, soltar um sorriso do rosto da mesma e ainda surpreender, num arrojado final que provocará por uns bons momentos uma bela conversa.
Para quem tem dúvidas que em Portugal o cinema está vivo.
NeTo - 7/10
"Flightplan — Pânico a Bordo" de Robert Schwentke
"In Her Shoes" de Curtis Hanson
"Wallace & Gromit: A Maldição do Coelhomem" de Steve Box & Nick Park
"Stealth" de Rob Cohen
"Uma Sogra de Fugir" de Robert Luketic
"Star Wars: Episódio III — A Vingança dos Sith" de George Lucas
"The Woodsman" de Nicole Kassell
"A Noiva Indecisa" de Gurinder Chadha
"Spanglish" de James L. Brooks
Logo depois entramos no templo, dois homens, um lenhador e um bonzo, ambos discutem o mal dos tempos e dos homens, um deles começa: “Não entendo... Simplesmente não entendo”, continua: “Não entendo em absoluto” e ainda: “Simplesmente não entendo” a reacção do outro é de espanto perante a perplexidade deste, pouco depois atira sublinha: “Nunca ouvi uma história tão estranha”…e com isto está dado o mote rumo ao questionamento dos homens e das verdades.
A História contada pelo homem: Um Samurai e a sua mulher passavam tranquilamente numa floresta, são atacados por um bandido, o homem surge morto.
Uma série de questões são postas durante o processo que vemos em flashbacks: O assassino terá violado a mulher? A esposa terá consentido? O marido acobardou-se? Fugiu e Suicidou-se?
Cada um dos protagonistas vai ter uma resposta diferente, isto literalmente, pois até o homem morto vai ter oportunidade de expor o seu ponto de vista através de uma feiticeira, num momento de puro êxtase emocional.
Três pontos de vista portanto, a mulher, o homem morto e o assassino? Errado, o lenhador que está presente no templo também presenciou a tudo escondido na floresta.
Entramos então num dispositivo de avanços e recuos em direcção aquilo que mais tarde nos damos conta e nos consciencializamos: uma quimera.
Uma quimera porque depois de expostas as “verdades” de cada um dos envolvidos, temos quatro verdades possíveis, o que estilhaça qualquer noção de ordem ou de fidelidade relacional, entre o homem e a mulher, por exemplo, da parte do lenhador, supostamente integro.
No final a adopção de um bebé por parte do lenhador fica como um raio de esperança? …uma redenção? …é ambíguo, sobretudo ambíguo, e o espectador impotente perante o dilema recebe como que um choque de consciencialização.
E o filme é absolutamente magnífico, desde as cenas da floresta em que somos embalados por uma partitura em estado de graça, passando pela poesia dos rostos, dos corpos e dos espaços e pela absoluta geometria dos enquadramentos do Mestre – sente-se que poucos realizadores terão trabalhado assim maniacamente e elegantemente o culto do enquadramento – somos literalmente esmagados pela elevação superior do todo.
Quanto ao mecanismo, que aqui é tão anti mecânico sobretudo pela fluidez imprimida, remete claramente para as variações feitas por Tarantino em “Jackie Brown” ou para os célebres episódios da série de Hitchcock mas obviamente o filme é anterior e então ficamos pasmados a assistir a algo tão brutal de todos os pontos de vista, a algo tão belo e perfeito.
JOSÉ OLIVEIRA
Título em Português: "Rashomon, às portas do inferno"
"O Segredo dos Punhais Voadores" de Zhang Yimou
"Mar Adentro" de Alejandro Amenábar
"O Maquinista" de Brad Anderson
"House of the Dead" de Uwe Boll
Nos próximos dias e a caminho do próximo ano, farei a revisão do ano cinematográfico, e para isso fazendo pequenos comentários a alguns filmes que foram vistos mas nunca comentados.
Cumprimentos e Um Feliz Natal.
Sinopse
“O filme é sobre como ultrapassar o abandono da pessoa que se ama, como viver depois da morte da pessoa que se ama, como fazer o luto, como sobreviver. A Odete é uma rapariga que quer ter um filho, o namorado não quer, abandona-a, e ela vai pedir a um fantasma que lhe faça um filho e acaba por se transformar num fantasma.” - João Pedro Rodrigues
Realizador
João Pedro Rodrigues é o cineasta formado na conservatória de Lisboa premiado em Veneza com a curta-metragem “Parabéns” em 1997 e que em 2000 com “O Fantasma” realiza aquele que pode ficar como o filme mais radical, inovador e corajoso que o cinema português pode apreciar em largos tempos, conto nocturno, quase como uma banda desenhada, em que um corpo vagueia pela noite lisboeta em busca de um desejo e de uma obsessão.
No filme, uma odisseia estonteante, em clima sufocante e irrespirável pelo meio do lixo, podia-se apreciar um saber enciclopédico do cinema e o domínio de todos os recursos e matérias do realizador, ao mesmo tempo que existia nele uma vontade de reinvenção que insuflava o filme de uma candura e de uma poética inocente, acabando este numa mistura híbrida ente Nosferatu e Batman.
“O Fantasma” competiu na competição oficial de Veneza e venceu diversos prémios internacionais, transformando o realizador numa enorme promessa do cinema europeu.
“Odete” parece ser a confirmação absoluta de um autor, história de fantasmas como na obra anterior, vencedora de um prémio em Cannes e aclamada aquando na participação no festival.
Ana Cristina Oliveira
Conhecida sobretudo como modelo, com escassas participações em cinema, contam-se entre as mais relevantes “Tudo isto é Fado”, 2004, Luís Galvão Teles ou a primeira introdução em Hollywood com “Táxi”, acabou também de fazer um pequeno papel em “Miami Vice” o novo de Michael Mann mas ficou sobretudo conhecida num celebre anuncio da Levis.
Segundo a imprensa internacional é assombrosa na figura de uma patinadora de supermercado histérica, alucinada com a sua gravidez e envolta em fantasmas.
Para o realizador o que atraiu mais nela foi: "Ela é extraordinária. Para mim, ela tem um lado Marilyn. Há um lado de fragilidade nela que se revela por uma aparente força. Tem um lado de possuída que eu gostava que a Odete tivesse. E acho que é uma pessoa muito táctil. Tem algo que eu gosto nos actores: que se possa sentir os corpos deles. A coisa que primeiro me faz olhar para um actor é o olhar, a maneira de estar física”.
Vencedora do Prémio Janine Bazin - Melhor Interpretação do festival nternacional de Cinema de Belfort - Entrevues Festival International du Film, um dos mais prestigiados de França.
Nuno Gil
De formação teatral, no conservatório, de Lisboa, do porto, e em outros territórios, diz que não consegue estar muito tempo no mesmo sítio e que quando viu pela primeira vez “O Fantasma” quis logo conhecer o realizador pois identificava-se com a sua abordagem.
Diz que foi um percurso difícil conseguir o papel em “Odete” e que o consegui depois de longos testes, habituais já no realizador.Define-se como um actor físico, que gosta de trabalhar com o corpo.
ESTREIA DIA 29 de DEZEMBRO