domingo, fevereiro 26, 2006

  • 26º Fantasporto


“História Trágica com Final Feliz” de Regina Pessoa



Inserida na mostra Panorama do Cinema Português, “História Trágica com Final Feliz” foi o primeiro filme mostrado e que marcou a abertura oficial do 26º Fantasporto, antecedendo a estreia de “Coisa Ruim” de Tiago Guedes e Frederico Serra.
O 2º trabalho de Regina pessoa no cinema de animação conta com uma co-produção entre Portugal, França e Canadá, e em boa verdade é uma obra bastante original e de um largo interesse.

O risco solto do desenho a preto e branco, o tenebroso trabalho de luz, sombra, texturas e movimento, criam uma estimulante atmosfera à “desenhada” Cidade do Porto, e a uma história original de uma menina, a qual tem que viver com o rápido e excessivamente audível batimento do seu coração.

Não existe muito mais para dizer desta curta-metragem, resta alertar que o cinema de animação português está em crecendo, a Casa da Animação no Porto é um claro sinal que existe quem queira explorar este tipo de cinema.

Resta esperar que “História Trágica com Final Feliz” não acabe dentro de uma qualquer gaveta, e tenha a oportunidade de chegar a um maior numero de público, seja em qualquer edição de DVD, seja pela exibição na RTP, que por acaso apoia o filme, juntamente com o ICAM.

Para mias informações visitem http://www.historiatragicacomfinalfeliz.com/

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Associação de Realizadores critica ministra e ICAM

«Associação Portuguesa de Realizadores (APR) criticou ontem a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e considerou "intrigante" a falta de verbas do Instituto de Cinema Audiovisual e Multimédia (ICAM) que levou à não abertura de alguns concursos aos subsídios no ano passado.
Em 2005 ficaram de fora concursos aos subsídios para as primeiras obras ou filmes de animação, quando no início do ano o ICAM anunciou que estes concursos iriam abrir. As críticas foram feitas num comunicado, que surge depois do ICAM ter anunciado, na semana passada, os concursos que vai abrir este ano e o número de obras a apoiar em cada. No comunicado, a APR, à qual pertencem realizadores como João Mário Grilo, Alberto Seixas Santos e Miguel Gomes, critica a ministra por defender a "continuidade da política do PSD [no ICAM] e do senhor ex-ministro Morais Sarmento, que nada tem que ver com as posições defendidas pelo partido do Governo quando este estava na oposição nem com o programa eleitoral apresentado para esta área", escrevem. Segundo o presidente do ICAM, José Pedro Ribeiro, os concursos de 2005 não foram lançados por falta de verbas. "Foi uma opção estratégica - disse - para poder cumprir compromissos assumidos com filmes apoiados no passado".»


in "http://cinecartaz.publico.clix.pt/noticias.asp?id=145685"

Mais uma vez a Associação de Realizadores Portugueses, lá levantam a voz, já havia ocorrido na altura da revisão da lei Audiovisual em 2004, e agora alguns dos nomes se levantam para protestar... Os protestos podem ter uma base forte, mas possivelmente nem serão estas as vozes que serão mais prejudicadas.
Mas de qualquer forma fica aqui o apelo que novas formas de financiamento e produção vão surgindo e se liberte toda a produção audiovisual unicamente do ICAM... que continue que é necessário, pois que ninguém pense em entregar o cinema unicamente à Sic.