sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Oscares 2005 (previsões)
Depois da ultima cerimónia se limitar à monotonia de ver os prémios todos a cair na mão de Peter Jackson e do seu “O Senhor Dos Anéis: O Regresso do Rei”, este ano não existe um “papão” antecipado. Embora “O Aviador” de Martin Scorsese, apareça a encabeçar a lista das nomeações (11 oscares), principalmente Clint Eastwood e “Million Dollar Baby”, prometem lutar até ao final pelo reconhecimento da Academia. Na madrugada de 27 para 28 deste mês, todas as dúvidas serão dissipadas, mas antes, o ROLLCAMERA deixa aqui alguns palpite, ou melhor opiniões pessoais, daqueles que merecem a estatueta, em algumas das categorias principais:


MELHOR FILME
«O Aviador»
«Sideways»
«Million Dollar Baby»
«À Procura da Terra do Nunca»
«Ray»

NeTo: "Million Dollar Baby"
Sir_blackmore: "Million Dollar Baby"


MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
«Shrek 2»
«The Incredibles: Os Super-Heróis»
«O Gang dos Tubarões»

NeTo: "The Incredibles: Os Super-Heróis"
Sir_blackmore: "Shrek 2"


MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA
«Os Coristas»(França)
«Mar Adentro»(Espanha)
«As It Is In Heaven»(Suécia)
«Downfall»(Alemanha)
«Yesterday» (África do Sul)

NeTo: "Mar Adentro"
Sir_blackmore: "Mar Adentro"


MELHOR REALIZAÇÃO
Martin Scorsese, por «O Aviador»
Clint Eastwood, por «Million Dollar Baby»
Alexander Payne, por «Sideways»
Taylor Hackford, por «Ray»
Mike Leigh, por «Vera Drake»

NeTo: Clint Eastwood
Sir_blackmore: Clint Eastwood


MELHOR ACTOR PRINCIPAL
Don Cheadle, por «Hotel Ruanda»
Johnny Depp, por «À Procura da Terra do Nunca»
Leonardo DiCaprio, por «O Aviador»
Clint Eastwood, por «Million Dollar Baby»
Jamie Foxx, por «Ray»

NeTo: Johnny Depp ("À Procura da Terra do Nunca")
Sir_blackmore: Johnny Depp ("À Procura da Terra do Nunca")


MELHOR ACTRIZ PRINCIPAL
Annette Bening, por «As Paixões de Júlia»
Catalina Sandino Moreno, por«Maria Cheia de Graça»
Hilary Swank, por «Million Dollar Baby»
Imelda Staunton, por «Vera Drake»
Kate Winslet, por «O Despertar da Mente»

Neto: Hilary Swank ("Million Dollar Baby")
Sir_blackmore: Hilary Swank ("Million Dollar Baby")


MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO
Alan Alda, por «O Aviador»
Thomas Haden Church, por «Sideways»
Morgan Freeman, por «Million Dollar Baby»
Jamie Foxx, por «Colateral»
Clive Owen, por «Closer - Perto Demais»

NeTo: Morgan Freeman ("Million Dollar Baby")
Sir_blackmore: Clive Owen ("Closer - Perto Demais")


MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
Cate Blanchett, por «O Aviador»
Virginia Madsen, por «Sideways»
Laura Linney, por «Kinsey»
Sophie Okonedo, por «Hotel Ruanda»
Natalie Portman, por «Closer - Perto Demais»

NeTo: Natalie Portman ("Closer - Perto Demais")
Sir_Blackmore: Natalie Portman ("Closer - Perto Demais")


MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
«O Aviador»
«O Despertar da Mente»
«Hotel Ruanda»
«The Incredibles: Os Super-Heróis»
«Vera Drake»

NeTo: "O Despertar da Mente"
Sir_blackmore: "O Despertar da Mente"


MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
«Antes do Anoitecer»
«À Procura da Terra do Nunca»
«Million Dollar Baby»
«Diários de Che Guevara»
«Sideways»

NeTo: "Million Dollar Baby"
Sir_blackmore: "Million Dollar Baby"


MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA
«O Aviador»
«À Procura da Terra do Nunca»
«Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
«O Fantasma da Ópera»
«Um Longo Domingo de Noivado»

NeTo: "O Aviador"
Sir_blackmore: "Um Longo Domingo de Noivado"


MELHOR FOTOGRAFIA
«O Aviador»
«O Segredo dos Punhais Voadores»
«A Paixão de Cristo»
«O Fantasma da Ópera»
«Um Longo Domingo de Noivado»

NeTo: "O Aviador"
Sir_blackmore: "Um Longo Domingo de Noivado"


MELHOR BANDA SONORA
«À Procura da Terra do Nunca»
«Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban»
«Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
«A Paixão de Cristo»
«A Vila»

NeTo: "A Vila"
Sir_blackmore: "A Paixão de Cristo"


MELHOR CANÇÃO
«Shrek 2»: "Accidentally In Love"
«Diários de Che Guevara»: "Al Otro Lado Del Río"
«Polar Express»: "Believe"
«O Fantasma da Ópera»: "Learn To Be Lonely"
«Os Coristas»: "Look To Your Path (Vois Sur Ton Chemin)"

NeTo: «Diários de Che Guevara»: "Al Otro Lado Del Río"
Sir_blackmore: «Shrek 2»: "Accidentally In Love"


MELHOR GUARDA-ROUPA
«O Aviador»
«À Procura da Terra do Nunca»
«Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
«Ray»
«Tróia»

NeTo: "À Procura da Terra do Nunca"
Sir_blackmore: "Tróia"


MELHOR MONTAGEM
«O Aviador»
«Colateral»
«À Procura da Terra do Nunca»
«Million Dollar Baby»
«Ray»

NeTo: "Colateral"
Sir_blackmore: "Million Dollar Baby"

terça-feira, fevereiro 22, 2005

"Constantine" de Francis Lawrence

Com antestreia na noite de ontem e ao mesmo tempo sendo o filme escolhido para a Sessão de Abertura Oficial do Fantasporto, "Constantine" apesar de não ser um grande filme (longe disso), também acabou por não me desiludir na totalidade, talvez ao facto de as minhas espectativas não serem muito elevadas.

"Constantine" é a adaptação de mais uma Banda Desenhada, desta vez da DC e com o nome "Hellblazer".
John Constantine é um agente do oculto, nasceu com o dom de ver anjos e demónios que vagueiam pela terra e tenta manter o equilibrio entre Céu e Inerno.

De uma permissa simples tentou-se fazer um argumento surpreendente e acabaram por dar tantas voltas que o final do filme acaba por cansar de tantas voltas que dá. Mas toda essa tentativa de fazer um argumento complexo, levou a que existisse uma grande vertente cómica, um humor negro que é afinal de contas, a grande salvação do filme. São sem dúvida esses momentos cómicos que tornam o filme um pouco mais de mediocre.
O argumento é realmente o ponto fraco do filme, de tanta intriga que tenta criar, torna-se tão difuso e tão confuso que acabam por tornar o filme bastante mais calmo do que era previsto, talvez por ter sido escrito por responsáveis pela B.D. que acabaram por não conseguir deixar por completo a linguagem dos Comics para passar para linguagem cinematográfica.

A realização de Francis Lawrence, que ao que consegui apurar, tem a sua experiência essencialmente no mundo dos videoclips... e isso até é bem perceptível em alguns momentos do filme. Mas a realização para além daqueles momentos mais para encher filme do que contar história, até tem momentos bastante agradáveis, principalmente na apresentação da personagem de John Constantine.

Outra coisa que não podia faltar, são os efeitos especiais, que apesar de não serem fabulosos, até acabam por servir, tendo em conta os caminhos sobrenaturais do argumento.

É um filme para soltar umas gargalhadas devido ao ridículo de algumas situações, e até o climax acaba por ser motivo de risota, propositada ou não, só a equipa por detras do filme é que o pode dizer. Mas pelas risadas que dei... por uma boa maneira de deixar uma mensagem contra o tabagismo e até pelo caricato do final desta aventura, não digo que tenha desiludido.

Né-Tó - 5/10

Já agora, ou nao fosse este um filme sobre Céu e Inferno, a religião tem direito a alguns momentos de paródia.

sábado, fevereiro 19, 2005

"Romasanta" de Francisco Plaza

"Romasanta - A Caça Ao Lobisomem" é um filme de terror que na verdade nunca chega a ser um filme de terror.

O filme baseia-se na lenda do “Lobisomem de Allariz”. Manuel Romasanta é acusado de assassinar brutalmente diversas pessoas, sendo capturado com a ajuda da irmã de uma das vítimas. No seu julgamento a dúvida instala-se, será Romasanta um homem amaldiçoado que se transforma em lobisomem, ou é uma assasino que seduz as mulheres matando-as de seguida, ou é um homem doente que sofre de uma doença mental que o "transforma" num animal com instintos assassinos.

O filme tem um arranqe interessante, criando um suporte para desenvolver apartir daí uma história com pés e cabeça, mas acaba por fracassar em quase tudo. Sendo anunciado como filme de terror nunca chega sequer a tocar o mínimo terror e acaba por cair numa simples representação de uma lenda, é uma típica história que os pais ou os avós contam aos mais jovens.

Sendo uma produção agradável, não passa disso mesmo, um argumento que não surpreende, actores que tentam representar, por exemplo Julian Sands que será a cara mais conhecida do elenco acaba por cair na monotonia que na verdade o filme é no seu geral.
Se alguma coisa há de positivo, será o cuidado estético que o filme tem e também a um momento de efeito de camara que resulta na perfeição num dos momentos mais fantásticos e ilusórios do filme.

De resto "Romasanta" é um filme que nada acrescenta, tenta ser algo, mas acaba por não conseguir. O seu unico ponto de interesse acaba por ser o facto de mostrar ao mundo uma lenda que até acaba por ser interessante e podia ter dado um filme interessante, mas não deu.

NeTo - 3/10

terça-feira, fevereiro 15, 2005

"Team America: World Police" de Trey Parker

Aquele que ao início parecia ser um filme que apena iria tender para criticar os actos de guerra dos Estados Unidos, acaba por ser um filme pouco tendencioso e goza com tudo o que é sociedade americana.

Este filme tem a particularidade de nos apresentar um tipo de animação a que não estamos muito habituados nos ultimos tempos, "Team America" não tem um boneco digital, todas as personagens são marionetas, e como nao podia deixar de ser os fios que as manobram são bem visiveis.

Se ao início se estranha e até nos rimos do ridículo da situação, depois acabamos por nos agarrar ao filme, mas pelas suas ideias e pelos deliciosos gags que nos apresentam.

Sem dúvida que é um filme feito para o gozo de toda a equipa e esse "egocentrismo" da equipa que deu vida a "South Park", acaba por descuidar o argumento, deixando muitas e boas ideias sem a devida relevância.

De resto, tem tudo para ser um autentico blockbuster ao género Michael Bay... tiros, explusões combates aéreos e a destruição completa de monumentos históricos tudo está presente... e até a famosa cena de sexo como não podia deixar de ser.

Um filme interessante e corajoso, nem que seja pelo facto de ao mesmo tempo "gozar" com duas das maiores "instituições" americanas, as forças armadas e Michael Moore.

NeTo - 7/10

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

"Um tiro no Escuro" nas salas apartir de 17 de Março
O novo filme de Leonel Vieira, estreia já no próximo dia 17 de Março e conta no elenco com nomes como, Joaquim de Almeida, Vanessa Machado, Ivo Canelas e Margarida Marinho.
Leonel Vieira que volta ao cinema após "A Selva", tem aqui em mãos a história de uma mãe que vê o seu filho recém nascido ser raptado no aeroporto de São Paulo, por uma hospedeira de bordo da TAP. Dois anos após o rapto, a mulher vive à noite num clube de strip-tease e de dia no aeroporto, onde aguarda a hospedeira que lhe levou o filho. Após ser despedida do clube onde trabalha, junta-se a um gang e envolve-se numa sequência de assaltos a bancos e rapidamente terá de se confrontar com um agente da Policia Judiciária, agente que parece ter algo para esconder. Poderá ela encontrar a sua filha???
Sem duvida que a premissa é interessante e o trailer faz crescer água na boca.
Resta esperar.
Para mais informações http://www.umtironoescuro.com

domingo, fevereiro 13, 2005

"The Grudge" de Takashi Shimizu

Primeiro devo referir que não vi a versão original "Ju-on".

Este ramake americano, é só mais uma mostra da falta de originalidade que circula em Hollywood em relação ao terror, é mais fácil pegar em algum dinheiro e comprar os direitos de um filme, para depois "americanizá-lo" e colocá-lo no mercado.
Se "The Ring" de Gore Verbinsky, me surpreendeu e agradou, devido à sua intriga coerente e a uma realização que fugia ao terror e entrava nos caminhos do suspense, em "The Grudge" assistimos apenas a alguma tentativas de assustar, embora nunca resultem.

Utilizar o corte e um efeito sonoro é algo que já está gasto no terror, e é o que acontece ao longo do desenrolar do filme, embora de início, principalmente nos 15 minutos iniciais existam alguns momentos agradáveis, apartir daí é o ridiculo.
Sem nunca nos darem um razão ou uma pista verdadeiramente válida para a os acontecimentos, o que provoca um estado de entediamento constante.

Depois as personagens não existem, acredito que por culpa de um argumento desastroso e de um realizador acostumado a outros ambientes.
Sarah Michelle Gellar nunca será uma "scream-girl".

Algo estranho é que os telefones, água, moscas e televisões, voltam a fazer parte desta história de terror, tal como aconteceu em "The Ring", mas os resultados são muito piores neste "The Grudge".

Sem nada de muito interessante, resta salientar alguns movimentos de câmara que provocam alguma tensão, aliados a uns eficientes efeitos sonoros e em alguns momento uns "flashbacks", embora nem todos se enquadrem devidamente no contexto de narrar aquela história... o resto, é bem pior infelizmente.

"The Grudge" nada traz de novo ao terror, limita-se a seguir os clichés, um argumento sem profundidade e a um descuido para com a comunicação com o espectador, chegando a tocar o ridículo.
Infelizmente "The Grudge" é um dos fracassos deste curto ano cinematográfico.

NeTo - 4/10

"Garden State" de Zach Braff

Andrew Largeman (Zach Braff), passou os ultimos anos da sua vida como um "zombie", agarrado aos químicos, viveu no seu mundo sem nunca encontrar um sentido. A morte da sua mãe vai iniciar uma mudança extrema na sua vida. Depois de regressar à sua "hometown", Andrew, descobre Sam, uma rapariga que é tudo aquilo que ele não é. Andrew deixa a sua vida química e apartir daqui deparamos com uma história que aborda, o sentimento de culpa, o amor e uma peculiar abordagem da vida.

Aquilo que parece ser uma premissa simples e lamechas, é na verdade uma das mais originais e interessantes histórias do género.

O que mais se destaca no filme é, sem qualquer dúvida alguma, a realização de Zach Braff (29 anos e estreia na realização), é possível perceber a preocupação e o estudo da composição do plano, é perceptível que nada foi feito sem estar devidamente estruturado e repensado. Não se limita a agarrar em clichés do género, tenta variar... arriscou e não falhou.

O argumento que foi iniciado, andava ainda Zach Braff na Universidade, é arrebatador, carregado de simbolismos e de uma subjectividade enorme, que nos permite "delirar" das mais variadas formas, principalmente o "climax", se é que o filme tem um "climax", a "arca de noé",que salva a vida do abismo infinito, ou será que nos mostra o abismo infinito que é a vida.
Sendo a vida feita de coisas simples, para quê complicar, este é o verdadeiro trunfo do argumento simples e eficaz, carregado de um humor visual e não rídiculo, um humor peculiar, que de tão peculiar é incompreendido.

As interpretações, que mais há a dizer de Zach Braff, o jovem realizador, argumentista, produtor e intérprete deste "Garden State"... que posso dizer, mais que ninguém ele compreendia aquela personagem e a verdade é que a personagem é sublime, a procura do seu sentido de vida, o descubrir daquilo do qual o afastaram, transforma qualquer pessoa, e é isso que Zach Braff faz, no início um "robot" controlado pelos químicos, no final, um humano controlado pelos sentimentos.
Depois, Natalie Portman (Sam), que depois de "Closer" volta para dizer que não é aquela do "Star Wars", é algo mais, muito mais. É a inocência, a infantilidade e a sua loucura que transformam, a obra em algo muito superior.

Um filme, para ver e rever. Para quem gosta de Wes Anderson ou de "As Regras da Atracção" de Roger Avery, este é o filme.

Para ajudar a todo o esforço de Zach Braff, surge uma banda sonora excepcional. Músicas do circuito comercial, umas mais conhecidas outras totalmente desconhecidas, que inserem um toque bastante especial a este "Garden State".

Sem qualquer tipo de receio digo, que não serão muitos os filmes que vão superar "GARDEN STATE" durante este 2005.

NeTo - 10/10

Como Spielberg pode orgulhar-se de aos 29 anos ter realizado "Jaws", Zach Braff pode orgulhar-se de "Garden State".

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

2 NOVOS COLABORADORES

Para permitir que o ROLLCAMERA esteja em constante actualização, apartir de hoje, este blog conta com a ajuda de mais dois colaboradores: sir_blackmore & joseol.
Tentaremos assim os três assegurar uma maior quantidade e qualidade de material aqui no ROLLCAMERA.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

FEST
Festival de Cinema e Vídeo Jovem

O FEST decorrerá no próximo mês de Março (de 20 a 27) na cidade de Espinho.
As entregas de trabalhos encerraram hoje.
Desses trabalhos sairão os vencedores que irão participar numa mostra que decorrerá no Festival Internacional de Hannover. Tendo em vista que no festival alemão irão constar nomes como Pedro Almodóvar ou Lars Von Trier, este evento poderá ser um grande trampolim para os novos talentos nacionais.

Para mais informações:
http://www.fest.pt

ROLL CLIP
apresenta
System of a Down - "Boom"

Um videoclip, antes demais tem que vender um produto, ou seja a música, mas ultimamente para além de vender a música tudo e mais alguma coisa se faz na industria dos videoclips.
Existem clips que contam histórias lineares e objectivas, outros que contam de forma abstracta e simbólica uma história, existem aqueles que apenas mostram a banda a tocar e a cantar a sua musica e ainda aqueles que se resumem a imagens captadas nos bastiadores ou durante viagens da banda.

Este videoclip, que vos apresento hoje, tem uma particularidade, é quase um documentário, é um videoclip que documenta a revolta das pessoas contra a guerra, mas acima de tudo é um videoclip de intervenção contra algo, ou não tivesse a mão tendenciosa de Michael Moore.

Neste videoclip são apenas utilizadas imagens e testemunhos de pessoas que participaram numa grandiosa manifestação, a nível mundial, contra a guerra.

"On February 15, 2003... ten million people in over 600 cities arround the world... participated in the largest peace demonstration... in the history of the World. Because we choose peace over war, we where there too..."
Assim começa o videoclip mostrando que tanto os System Of a Down, como Michael Moore são contra a guerra.
Durante o clip são nos colocados testemunhos e intervenções de algumas pessoas, para além da letra da musica completar toda a mensagem pretendida.

Claro que não podia faltar uma pequena alusão à politica e num excerto de animação lá estão Bush, Blair, Hussein e Bin Laden.

Durante esta intervenção são mostradas em rodapé umas pequenas legendas uma delas é: "4000 hungry children leave us per hour".

A ultima imagem captada é algo enigmática, uma criança com um sorriso na cara enquanto anda de bicicleta... e se tudo fosse assim?!?!

Para culminar a sua obra Michael Moore escolheu uma expressão de John Lennon & Yoko Ono " WAR IS OVER (if you want it)"

OSCARES 2005
AS NOMEAÇÕES

MELHOR FILME
  • «O Aviador»
  • «Sideways»
  • «Million Dollar Baby»
  • «À Procura da Terra do Nunca»
  • «Ray»

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
  • «Shrek 2»
  • «The Incredibles: Os Super-Heróis»
  • «O Gang dos Tubarões»

MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA
  • «Os Coristas» (França)
  • «Mar Adentro» (Espanha)
  • «As It Is In Heaven» (Suécia)
  • «Downfall» (Alamenha)
  • «Yesterday» (África do Sul)

MELHOR REALIZAÇÃO
  • Martin Scorsese, por «O Aviador»
  • Clint Eastwood, por «Million Dollar Baby»
  • Alexander Payne, por «Sideways»
  • Taylor Hackford, por «Ray»
  • Mike Leigh, por «Vera Drake»

MELHOR ACTOR PRINCIPAL
  • Don Cheadle, por «Hotel Ruanda»
  • Johnny Depp, por «À Procura da Terra do Nunca»
  • Leonardo DiCaprio, por «O Aviador»
  • Clint Eastwood, por «Million Dollar Baby»
  • Jamie Foxx, por «Ray»

MELHOR ACTRIZ PRINCIPAL
  • Annette Bening, por «Being Julia»
  • Catalina Sandino Moreno, por «Maria Cheia de Graça»
  • Hilary Swank, por «Million Dollar Baby»
  • Imelda Staunton, por «Vera Drake»
  • Kate Winslet, por «O Despertar da Mente»

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO
  • Alan Alda, por «O Aviador»
  • Thomas Haden Church, por «Sideways»
  • Morgan Freeman, por «Million Dollar Baby»
  • Jamie Foxx, por «Colateral»
  • Clive Owen, por «Closer - Perto Demais»

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
  • Cate Blanchett, por «O Aviador»
  • Virginia Madsen, por «Sideways»
  • Laura Linney, por «Kinsey»
  • Sophie Okonedo, por «Hotel Ruanda»
  • Natalie Portman, por «Closer»

MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
  • «O Aviador»
  • «O Despertar da Mente»
  • «Hotel Ruanda»
  • «The Incredibles: Os Super-Heróis»
  • «Vera Drake»

MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
  • «Antes do Anoitecer»
  • «À Procura da Terra do Nunca»
  • «Million Dollar Baby»
  • «Diários de Che Guevara»
  • «Sideways»

MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA
  • «O Aviador»
  • «À Procura da Terra do Nunca»
  • «Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
  • «O Fantasma da Ópera»
  • «Um Longo Domindo de Noivado»

MELHOR FOTOGRAFIA
  • «O Aviador»
  • «House of Flying Daggers»
  • «A Paixão de Cristo»
  • «O Fantasma da Ópera»
  • «Um Longo Domindo de Noivado»

MELHOR BANDA SONORA
  • «À Procura da Terra do Nunca»
  • «Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban»
  • «Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
  • «A Paixão de Cristo»
  • «A Vila»

MELHOR CANÇÃO
  • «Shrek 2»: "Accidentally In Love"
  • «Diários de Che Guevara»: "Al Otro Lado Del Río"
  • «Polar Express»: "Believe"
  • «O Fantasma da Ópera»: "Learn To Be Lonely"
  • «Os Coristas»: "Look To Your Path (Vois Sur Ton Chemin)"

MELHOR GUARDA-ROUPA
  • «O Aviador»
  • «À Procura da Terra do Nunca»
  • «Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
  • «Ray»
  • «Tróia»

MELHOR MONTAGEM
  • «O Aviador»
  • «Colateral»
  • «À Procura da Terra do Nunca»
  • «Million Dollar Baby»
  • «Ray»

MELHOR SOM
  • «O Aviador»
  • «The Incredibles: Os Super-Heróis»
  • «Polar Express»
  • «Ray»
  • «Homem-Aranha 2»

MELHORES EFEITOS VISUAIS
  • «Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban»
  • «Eu, Robot»
  • «Homem-Aranha 2»

MELHORES MONTAGEM DE SOM
  • «The Incredibles: Os Super-Heróis»
  • «Polar Express»
  • «Homem-Aranha 2»

MELHOR CARACTERIZAÇÃO
  • «Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
    «A Paixão de Cristo»
    «Mar Adentro»
MELHOR DOCUMENTÁRIO / CURTA-METRAGEM
  • «Autism is a World»
  • «The Children of Leningradsky»
  • «Hardwood»
  • «Mighty Times: The Children´s March»
  • «Sister Rose´s Passion»

MELHOR DOCUMENTÁRIO / LONGA-METRAGEM
  • «Born Into Brothels»
  • «A História do Camelo Que Chora»
  • «Super Size Me — 30 Dias de Fast-Food»
  • «Tupac: Resurrection»
  • «Twist of Faith»

MELHOR CURTA-METRAGEM / ANIMAÇÃO
  • «Birthday Boy»
  • «Gopher Broke»
  • «Guard Dog»
  • «Lorenzo»
  • «Ryan»

MELHOR CURTA-METRAGEM / ACÇÃO REAL
  • «Everything in This Country Must»
  • «Little Terrorist»
  • «7:35 in the Morning»
  • «Two Cars, One Night»
  • «WASP»

domingo, fevereiro 06, 2005

ROLL CLIP
apresenta
Tenacious D - "Wonderboy"

Para abertura desta nova "coluna" escolhi o videoclip "WONDERBOY" dos Tenaciou D.
É um videoclip, muito interessante. Para quem gostou de "O Senhor dos Anéis", certamente irão descobrir algumas semelhanças.
Cenários como uma floresta ou uma montanha gelada, remetem-nos para o espirito de Tolkien.
Tem algo de épico, pois no final existe uma batalha excelentemente filmada, e na qual certamente não se gastaram milhões de dolares em efeitos.
A banda tem como seu principal elemento Jack Black ("A Escola de Rock"), que protagoniza neste videoclip, uma personagem, muito identica a Frodo.
A realização do VideoClip é só de Spike Jonze ("Inadaptado"), pois antes do cinema Jonze como muitos outros, cresceram como "clipeiros", ou seja, fazendo VideoClips.
Tem momentos deslumbrantes de realização (como já referi a luta final, onde através de efeitos de camara, consegue-se algo magnífico), com uma montagem absolutamente genial.
Quem tiver hipótese e gostar deste género cada vez mais cinematográfico, veja e delicie-se.

A Nova Vida Do
ROLLCAMERA


Após algum tempo de "repouso", tenho a intenção de modificar e inovar algo neste blog.
Um dos motivos que me levou a tomar esta decisão foi o facto de ver que alguns dos blogs que frequentava sempre que tinha possibilidades e alguns deles foram a "inspiração" para a criação deste Rollcamera, neste momento se encontram "fechados" ou inactivos, como preferirem. Recordo por exemplo, http://punch-drunk-movies.blog-city.com/ , http://grandeplano.blogspot.com/ , e mais recentemente http://requiem-for-a-dream.blog-city.com/ . A todos eles muito obrigado pelos momentos que me ofereceram.

Tomei a decisão de me dedicar mais a este espaço, onde posso fazer os meus comentários livre de pressões. Para isso tratei de dar um "arzinho" novo, colocando uma imagem feita por mim e ao pontapé no top do blog. (espero que agrade a todos)

Para além disso, na coluna à direita do Rollcamera, vão encontrar novos Tópicos, uns já prontos e outros que irão surgir muito brevemente. Mas as alterações serão tanto a nível visual como a nível temático... agora não serão só filmes como vinha a acontecer, vou dar especial relevo às personalidades do mundo do cinema (pequenas Biografias e curiosidades sobre elas), num espaço a que dei o nomes de "ROLLCAMERA apresenta" (que em breve estará na coluna do lado direito do Blog).

Outro aspecto que me agrada particularmente, neste mundo do audiovisual, foi um novo nível de linguagem quase cinematográfico que é dado hoje em dia aos Videoclips, por isso tomei a decisão que neste blog vai existir um espaço para esta nova faceta da 7ª arte, que tem crescido imenso.
Será "ROLLCLIP", onde indicarei os videoclips mais espectaculares e mais interessantes, não tanto a nível musical, mas mais a nível visual.

Outro aspecto a melhorar será o acompanhamento a Festivais e Prémios do mundo do cinema, tentarei manter aberta umarubrica sobre prémios e festivais neste blog, mas esta rubrica pode não ser para breve.

Já ao dispor de cada visitante, estão ao lado direito dois novos espaços... o "ROLLCAMERA recomenda", dedicado a blogs e espaços de debate de cinema frequentados por mim... e ainda o espaço "ROLLCAMERA e os filmes de 2005" que é dedicado, como o nome indica a filmes que serão vistos neste ano que decorre.

Não prometo uma actualização diária, mas sempre que aqui vier tentarei colocar um numero interessante de informações :)

Para além deste blog, estarei sempre presente em Http://www.sessaodameianoite.com
Fiquem atentos às alterações e espero que agrade a todos.

Obrigado a todos.

"Ocean´s Twelve" de Steven Soderbergh

Entre "Ocean`s Eleven" e este "Ocean`s twelve", existem algumas diferenças... e para melhor.

Logo o facto de não existir necessidade de apresentar as personagens torna o filme muito mais ritmado, embora neste filme algumas personagens ganhem mais profundidade e características que até agora desconheciamos.
Outra razão que marca a diferença, é a quantidade de detalhes importantes, que são largados pelo desenrolar da narrativa e que são tantos e de tantas formas apresentados que corremos o risco de perder alguns, embora muitos desse detalhes até ocorrem ou fora do plano, ou até nos são escondidas algumas palavras.
Para finalizar a questão das diferenças emtre os dois filmes, está o facto de este ser mais espacial, desenrola-se em mais locais tornando-se mais fluido e mais abrangente, claro que isto se deve também ao facto de não haver necessidade de tornar o filme demasiado intimo, porque não há apresentação de personagens.

O filme em si, agradou-me mais que o primeiro, principalmente pela "estrela" que menos brilha no cartaz, Steven Soderbergh. Steven Soderbergh é o dono do filme, não necessitava de ter um elenco tão rico (pelo menos a nível monetário), Soderbergh faria um grande filme se escolhesse uma dúzia de pessoas que passassem por ele na rua. Soderbergh directa ou indirectamente (não sei) é um realizador, um fotografo e até um montador (ou editor, como preferirem).
A estéctica, cor e ritmo, tudo tem o dedo de Soderbergh. Existem cortes que de certeza são pensados na rodagem, nada é ao acaso, duas arvores, um poste, uma vela, tudo serve para fazer o quadro que possibilite o corte. Já para não falar na composição de cada plano, carregadinhos de detalhes, luz, sombras, reflexos, objectos, tudo entra e serve na perfeição cada plano.
A intriga é extremamente complexa.
Um ponto muito interessante é a banda sonora, existem momentos que nos remetem para séries policiais televisivas dos anos 80, assim como a fotografia.

Uma das coisas que reparei, é que parece ser um filme de referências, tanto pessoais (estas não vou referir... descubram ) e outras cinematográficas. Em pelo menos dois diálogos existem comentários claros ou a um filme ou actor. E num diálogo super interessante (como todos de resto) conseguimos perceber que existe a referência a "O Sexto Sentido" de M. Night Shayamalan.

O ponto mais fraco do filme será mesmo a interpretação, embora não exista ninguém que esteja muito mal, num filme com tanta "estrela" e tanta personagem é um pouco difícil conseguir arrancar uma grande interpretação, até porque o espaço para brilhar é pouco.

Gostei e acho que vai agradar a todos aqueles que gostaram do primeiro e até cativar novos fans, devido a uma grande componente cómica.

8/10

(Programação)


A programação do FantasPorto 2005 já se encontra disponível em http://www.caleida.pt/fantasporto/2005/.

Este ano com a curiosidade de se exibir novamente os vencedores anteriores, entre eles:
"CUBO" de Vincenzo Natali
"Brain Dead" de Peter Jackson
"Intacto" de Juan Carlos Fresnadillo
"Amor Cão" de Alexandro Gonzalez Iñarritu

entre muitos outros.

Para além destes filmes poderemos ver alguns dos mais esperados filmes deste género:
"Constantine" de Francis Lawrence
"Saw" de James Wan
"Old Boy" de Chan-wook Park
"Nothing" de Vicenzo Natali

isto só para citar alguns

Neste FantasPorto, em antevisão da noite de entrega dos Oscares, vamos ter a exibição de "SIDEWAYS" nomeado para melhor filme, realizado por Alexander Payne.

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

PÚBLICO PORTUGUÊS
versus
CINEMA PORTUGUÊS

Qual foi a minha surpresa ontem, ao ver num rodapé de um Telejornal, uma noticia que referia que só um 1% dos espectadores de cinema em Portugal é que escolheram filmes portugueses.

Isto leva-me a pensar 1001 coisas.
Por exemplo, a mim parece-me que há por este Portugal fora, gente a mais a criticar o cinema português, e quando digo criticar digi, dizer mal e destruir. Mas não será apenas 1% das pessoas que vai ao cinema, o que me leva a pensar que para muitos só o facto de ser português é suficiente para dizer mal e para ser um filme fraco. O que quero dizer é que comparando os numeros do publico que vai ver cinema portugues e aquele que critica o cinema português, parece-me que muitos nem cinema português vêm e preferem criticar e ou rejeitar o filme só por ser português.

Mas também me leva a pensar até que forma é que a distribuição e a publicitação dos filmes é bem feita. Um filme de Manoel de Oliveira estreia em 8 salas?!?! E as produções do Sr. Jerry Bruckeimer estreiam em +/- 120 salas!!!!
Depois são muitos desses senhores responsáveis por esse processo que vêm com um ar muito triste para os meios de comunicação a dizer "O Povo português tem de ver cinema português!!!". Como?? Filmes como "Herói", "Noite Escura", "O Milagre Segundo Salomé" e "André Valente" passam nas nossas salas sem que muitas pessoas se apercebam, ou sequer saibam que estiveram em exibição. É estranho, depois ver filmes que sem qualquer apoio das entidades que regem o cinema português terem agradáveis campanhas para chamar publico ao cinema ou para comprar DVDs, exemplos claros, os dois filmes portugueses mais vistos em 2004 "Sorte Nula" e "Balas e Bolinhos", que apesar de não serem umas obras-primas, tem algum mérito... mas para alguns custa admitir.

Penso também nos orçamentos dados pelo Icam.
Por um lado gostava de saber, onde está o lucro do cinema português... será que existe. Não pode existir, não há publico e como em tudo neste país, vivemos muito acima das possibilidades, orçamentos agradaveis para um filme que rende dinheiro miserável.
Mas por outro lado até percebo que os orçamentos sejam entregues aos nomes consagrados do cinema português... assim asseguram uma qualidade que permite andar por vários festivais internacionais a ganhar uns trocos. E ainda bem, porque esses festivais são dos poucos que +/- apreciam a pouca qualidade do que se faz em Portugal.

Agora deixo um recado para aquelas pessoas que criticam os orçamentos do Icam, por nao apostar nos jovens e bons realizadores. Criticar não chega, só indo ao cinema ver filmes portugueses é que vamos conseguir com que os orçamentos melhorem criando espaços para os mais jovens. Pois se tudo continuar como está, ninguem no seu perfeito juízo vai financiar um filme de um "gajinho" de 28 anos que realizou uma dúzia de curtas.
Quanto mais receitas, mais hipoteses de vermos novos realizadores vamos ter.

POR FAVOR, NÃO FIQUEM DE BRAÇOS CRUZADOS E VEJAM CINEMA PORTUGUÊS.


P.S.- eu não gosto da maioria do que se faz em Portugal, mas posso dizê-lo porque vejo o cinema português que posso. E também custa-me ver que são sempre os mesmos a receber os orçamentos.............. mas neste estado resta-me esperar que todos aqueles que gostam de cinema se juntem e tentem criar uma base para que tudo isto melhore.

"À Procura da Terra do Nunca" de Marc Forster

Este é um filme sobre a imaginação, seja nos bons, seja nos maus momentos da vida.
É um filme sobre as escolhas que fazemos e queremos na nossa vida.
É um filme que nos dá uma boa maneira de viver a vida.
Resumindo é um filme sobre a vida.

Penso ser um filme fácil de se identificar com qualquer pessoa, principalmente com os mais fantasistas e com os amantes do cinema e do teatro. Penso que cada um daqueles que for ver o filme vai encontrar em um ou mais momento um pedaço do que foi a sua vida... ou melhor, um pedaço do que quer que a sua vida seja.Pelo menos a mim aconteceu. Para além disto, temos também a curiosidade de saber como aconteceu a criação de um dos mais belos contos infanto-juvenis do mundo "PETER PAN" (por acaso uma das minhas preferidas). Ficamos a saber detalhes que provavelmente nunca tinhamos imaginado. E o mais interessante aquela história que parecia ser impossível, afinal tem muito de real.

Em termos tecnicos é um filme muito interessante, a fotografia é de estranha envolvencia, parecendo existir uma pequena sujidade envolvendo as imagens, muito dramática e relaxante, nada exagerada. A realização de Marc Forster sem ser um portento em termos de ritmo e "magia", penso ser a mais adequada, pois arriscou em grande parte dos seus planos em entrega-los apenas a grandes planos dos actores. Ou seja, se os actores não ajudassem o trabalho do realizador era um buraco.
Para isso, Forster nos momentos mais dramáticos utiliza apenas grandes planos ou planos de conjunto muitos apertados e com apenas os rostos "focados", utilizando constantemente os planos mais afastados em desfoque. Muito teatral e muito adequado ao sentimentalismo.
De realçar o ultimo plano, um espectáculo, toda a composição e toda a tecnica num plano tão belo e ao mesmo tempo tão complexo. Dá ideia de ser simples fazer um filme.

A montagem é vigorosa, conseguindo chamar a atenção do espectador para o local adequado, para isso contribuiu de certo a realização.

Actores... quanto a interpretações temos o ponto mais forte do filme.
Depp é um actor cativante, não é preciso falar para transmitir a mensagem. Recordo 3 planos em que Depp nada diz e que nos consegue arrepiar e comover. (A mim comoveu como nunca me tinha feito durante um filme). Depp é sem dúvida o grande actor de Hollywood, é um mestre, é um criador de personagens, é sem dúvida alguma uma inspiração para quem gosta de cinema.
Kate Winslet, é portentosa, cada grande plano seu enche o coração de cada um de nós com mil e um sentimentos. É o seu grande papel, disso não há dúvida, completando em grande estilo um ano que já de si não era mau depois do desempenho em "O Despertar Da Mente".
Por fim, em relação aos actore vou falar apenas de um "puto", que é absolutamente fantástico (todos os miudos são fantasticos), mas Freddie Highmore é um jovem actor com uma interpretação nada normal num miudo da sua idade.

Simplesmente extraordinário. Quanto a sentimentos... este é possivelmente o filme do ano.


Meus amigos "This is NEVERLAND". É cinema para a eternidade, vai ser um clássico do cinema.

10/10

"Léon, o Profissional" de Luc Besson

Este filme é portentoso.

Lembro-me de o ver ainda jovem teenager e agora veio ter a minha mão uma Edição Director's Cut do filme.

Acabei hj de o ver e estou pasmado.

Logo apartir do genérico ficamos colados ao filme.
A elegancia e suavidade do genérico contrasta com a potencia da apresentação das personagens, primeiro com um diálogo fabulosamente filmado seguido de uma sequencia de acção de fazer parar o coração.
É um filme fenomenal. Uma realização excelente, consegue transmitir uma multiplicidade de sentimentos, para isso contando com um elenco fabuloso.
Jean Reno, dá vida a um Assassino, que por incrivel que pareça é o Herói do filme. Gary Oldman, é o polícia e ao mesmo tempo o vilão. Natalie Portman apesar de muito jovem é a "femme fatalle" da pelicula.

Leon (Jean Reno) é um homem calmo e pacato, cuida das plantas, engoma a sua roupa, vai ao cinema e sorri ao ver "Serenata à Chuva" e não fuma e só bebe leite. Matilda (Natalie Portman) é uma jovem que nunca teve o amor da sua família, e após o massacre da mesma, Matilda é salva e encontra o abrigo e o amor que nunca teve em Leon.

O filme desenrola-se em volta da relação de carinho, amizade e de amor, criada entre uma menina de 12 anos e um assassíno professional. Um tema que pode parecer tão horrendo é abordado no filme de uma maneira tão sensível que até passa a parecer uma coisa perfeitamente normal e possível. O desenvolver da relação amorosa é constante, passando por momentos em que o amor é assumido até momentos em que o ciúme domina. Um tema contorverso, mas muto bem abordado e por incrível que pareça não choca ver esta relação de amor (que supostamente é proibida).
Gary Oldman é genial, num polícia corrupto e traficante de drogas, é um vilão mas ao mesmo tempo um filósofo, da sua boca saem expressões absolutamente fantásticas. "I like this little calm moments before the storm..."

Pra finalisar falo apenas do final do filme, para além de toda a poética envolvente, fica o registo sonoro, fantastica a musica final.
Um filme fabuloso.

10/10

"This is for Matilda".......

ROLLCAMERA
presents
KATE WINSLET

Kate Elizabeth Winslet

Naturalidade: Reading, INGLATERRA

Data de Nascimento: 5 Outubro de 1975

Kate Winslet é uma das caras mais conhecidas do cinema graças a "TITANIC". Com apenas 22 anos, participou num dos maiores sucessos de bilheteira do cinema e com uma representação que agradou a critica no geral.
Mas já antes Kate brilhava aos "comandos" de realizadores como Peter jackson e Ang Lee, chegando mesmo à nomeação para o Oscar de melhor actriz Secundária por "Sensibilidade e Bom-Senso".
Criada numa família que sempre foi ligada ao teatro e apartir dos 11 anos começou os estudos de teatro (não é de estranhar que pela carreira de Kate Winslet, estejam bastantes filmes de época).
Após a participação em filmes feitos para a televisão e sitcoms ("Shrinks" e "Get Back"), pouco depois em 1994 pelas mãos de Peter Jackson estreia-se em "Heavenly Creatures - Amizade Sem Limites" e passado apenas um ano recebe os mais rasgados elogios ao interpretar Marianne Dashwood no filme de época "Sense and Sensibility - Sensibilidade e Bom Senso".
Apartir daqui, Kate Winslet estava lançada para o estrelato, participando em mais alguns filmes de época, como "Jude" de Michael Winterbottom, até alcançar o coração das audiencias em "Titanic" de James Cameron. 2004, após de algums anos mais escondida, mas sem deixar de nos mostrar o seu talento, Kate Winslet "explode" para o público com duas interpretações maravilhosas Clementine (a personagem mais marcante da sua carreira) em "O Despertar Da Mente" de Michel Gondry e ao "reencarnar" Sylvia Llewelyn Davies em "Finding Neverland".

Será o ano da consagração?!?
Será que ela precisa de estatuetas?!?!
Ficam as questões.
Uma grande actriz em todo o tipo de registo. É arrebatadora.

FILMOGRAFIA:
- The Marvelous Mabel Stark (2005) (em Produção)
- Gnomeo and Juliet (2006) (anunciado) (voz)
- A Doll's House (2005) (anunciado)
- Flushed Away (2006) (Pré-Produção) (voice)
- All the King's Men (2005) (Em Filmagens)
- Romance & Cigarettes (2005) (Pós-Produção)
- Finding Neverland (2004)
- Pride (2004) (TV) (voz)
- Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004)
- Plunge: The Movie (2003)
- The Life of David Gale (2003))
- War Game (2001) (voz)
- Iris (2001)
- Christmas Carol: The Movie (2001) (voz)
- Enigma (2001)
- Quills (2000)
- Faeries (1999) (voz)
- Holy Smoke (1999)
- Hideous Kinky (1998)
- Titanic (1997)
- Hamlet (1996)
- Jude (1996)
- Sense and Sensibility (1995)
- A Kid in King Arthur's Court (1995)
- Heavenly Creatures (1994)
- Get Back (1992) (TV)

"Magnólia" de Paul Thomas Anderson

Parece que este filme anda esquecido

Eu fiquei pasmado com a qualidade cinematográfica do filme e da realização.

Uma história repleta de musicalidade, de histórias parcelares e multiplas personagens, leva-nos a pensar se não será este o futuro do bom cinema.

Paul Thomas Anderson é um realizador que respira o mais puro cinema... tem a excelencia e a tecnica de realização, sabe dirigir os seus actores e tem o condão de saber contar as suas histórias com base numa montagem vigorosa. Neste caso, parece que estamos frente a uma televisão, onde se vai mudando constantemente de história. para mais tarde voltar... uma espécie de "zapping" cinematográfico.

É um filme que aborda um tema tão "simples" como toda a existencia humana ...infelicidade, o sofrimento, a redenção, o amor, o perdão, os remorsos ou medo de não ser amado. Ao inicio todas as personagens são apresentadas como "robots" da sociedade, mas durante o filme toda essa capa se vai desfazendo, chegando perto do fim e cada personagem está reduzida à mais simples e pura condição existencial.

Mas possivelmente o mais genial do filme é a narrativa convergente... todas as personagens (e não são poucas) convergem para algo comum, o amor, o perdão ou a falta de ambos.

A banda sonora é fenomenal, existindo um momento musical que resume o filme todo... a musica "Wise Up" de Aimee Mann é sem dúvida um dos pontos altos do filme, sendo ao mesmo tempo, o ponto médio, o ponto que muda todo o desenrolar da história, embora ocorra muito perto do final.

Os actores... são geniais, nao vale a pena dizer mais nada. Um filme absolutamente genial, original, grandioso, arrebatador... tudo e mais alguma coisa.

P.T.Andresson tem aqui um filme de topo, um filme que muitos realizadores com muitos anos de carreira nunca fizeram nem vão fazer.

UM ENORME 10/10

De realçar que embora o filme aborde um tema tão real como a vida humana, existe um momento ficcional, mesmo abstracto... que contrasta com todo o realismo do restante filme. Pode parecer estranho, pode parecer estupido... mas pode parecer um acaso como qualquer outro da vida ou pode ser pura filosofia.

A VIDA É UM ENORME ACASO QUE DERIVA DE MERAS COINCIDENCIAS

"CLOSER - Perto Demais" de Mike Nichols


"HELLO STRANGER"

Em relação ao filme, é um filme que pode ir direitinho para CULTO.

Mike Nichols foge a tudo o que é cliché. Tanto foge que não mostra, deixa que nós imaginemos e transporta todas essas imagens para a nossa cabeça sem as mostrar. De referir que não há uma cena clara de Sexo.

Depois na narrativa existe algo de teatral, que para uns será o suficiente para deitar o filme abaixo, pois não acham bem que teatro e cinema conjuguem. A Narrativa de Teatro é possivel em Cinema, talvez não completamente mas em grande parte. Durante o filme, toda a estrutura temporal não é linear, existindo bastantes saltos temporais, recordo um de 1 ano, que de maneira alguma é referenciado por uma maneira tão simples como colocando uma legenda a dizer "um ano depois", melhor recorrendo aos truques teatrais tudo é referenciado em conversas, diálogos.

Os diálogos são do mais brutal e detalhado num filme do género. Existe de tudo, de momentos em que nos podemos rir, outro em que nos sentimos frágeis e outro em que estamos completamente chocados pela precisão do detalhe e a brutalidade de tais comentários.

Para isso muito contribuem os actores, principalmente Clive Owen, que rouba todas as cenas a qualquer um dos actores que com ele partilham o filme. Não que os restantes 3, Jude Law, Natalie Portman e Julia Roberts, estejam mal, mas sim porque Clive Owen é uma explosão dos mais puros sentimentos. Mas todas as personagens e são apenas 4, o resto são figurante, todas elas são elaboradas, não são lineares, não existe o típico bom e o típico mau, não existe a donzela e a bruxa... existe sim uma multiplicidade de sentimentos que corre qualquer uma delas, provocando constantes alterações na sua personalidade, fazendo com que em determinadas alturas do filme alguma coisa nossa está naquela personagem.
É impossivel não existir algo em comum entre nós e qualquer uma daquelas personagens.

Para terminar, a banda sonora é poderosa, sendo um dos pontos mais importantes para contar uma boa história. Aqui fica umas musicas para ouvir e recordar o filme DAMIEN RICE - The blower's daughter e JEM - Come on Closer e num momento muito peculiar do filme podemos ouvir MOZART.

É um filme extremamente humano.

10/10

O filme tem algo de enigmático. QUEM É QUE NUNCA AMOU UM ESTRANHO ???

"O Quinto Império - Ontem Como Hoje" de MANOEL DE OLIVEIRA

Devo dizer que sai da sala bastante agradado, apesar de estar apenas na companhia de mais 4 pessoas.

A história é simples, apartir de uma peça de José Régio ("EL REI D.SEBASTIÃO), Manoel de Oliveira adapta diálogos para contar a História do Rei de Portugal, que era desejado mesmo antes de nascer e tornado num mito até aos nossos dias depois de desaparecer.

É no meu ponto de vista um filme que agradará a quem gostar de teatro, planos longos e estáticos como se estivessemos muitas vezes numa plateia de Teatro, com muitas vezes todos os actores colocados de frente para nós e falando "para nós" como se fossemos uma platei de teatro. É sem dúvida um filme que acenta na sua teatralidade, na poética dos fabulosos textos nas luzes e sombras e no movimento e interpretação dos actores.
A realização de Manoel de Oliveira é bastante interessante, conseguindo em alguns momentos fazer planos belissimos, de qualidade superior a muitos realizadores que ocupam o top das nossas bilheteiras. Recordo uma fabulosa panorâmica que acompanha duas personagens e que realça a importância da composição e do equilibrio, principalmente entre as luzes e as sombras... fenomenal.

Já para não falar nos momentos de maior espiritualismo em que a abordagem da realização é perfeita.

A luz que por tantas vezes é criticado o cinema portugues, aqui continuamos sem muita luz, mas existem momentos excelentes e a ausencia da luz até se percebe ou não fosse a história do "ENCOBERTO".

Os actores... interpretam teatro e não o cinema. Existe o exagero no jogo corporal, mas no geral todos estão a um nível muito agradável, realçando-se um pouco mais, Luís Miguel Cintra e Miguel Guilherme.

A banda sonora, está muito bem entregue aos dedos mágicos e à fabulosa guitarra de CARLOS PAREDES... fabuloso.

Mas nem tudo é agradável ou bom neste filme, a montagem que por vezes resulta tão bem, tem outros momentos que está muito forçada, causando alguma estranhesa a quem está a ver o filme. Existe também um plano que achei completamente desnecessário, é um plano que interrompe um magnífico diálogo e que nos mostra um céu estrelado nada convincente, não sei se foi opção da equipa, mas não me agradou mesmo nada, já para não falar de um plano de caracter religioso que existe já perto do final do filme que também me parece extremamente forçado, embora este me pareça que até consegue atingir o objectivo a que era proposto.

Para terminar, este é um filme muito agradável de se ver e muito bom em vários aspectos, a sua história é super actual, ainda conseguimos rir com as comparações possiveis fazer entre aquilo que se passava na altura e aquilo que se passa actualmente. É também um filme para todos aqueles que como eu são fascinados pela história portuguesa e pela historia universal.

Eu gostei

8/10

Antes de ver o filme era um dos meus mitos favoritos, desde a leitura de "A MENSAGEM" de Fernando Pessoa, e depois do filme esse fascínio saiu reforçado.

PROCURO VENCER AQUILO QUE ME TORNA FRACO